segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Justiça a Jango: não deixou o Brasil virar um Vietnam | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Justiça a Jango: não deixou o Brasil virar um Vietnam | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Justiça a Jango: não deixou o Brasil virar um Vietnam

6 de janeiro de 2014 | 14:15 Autor: Fernando Brito
napalm
A gravação do diálogo de John Kennedy em que ele cogita de uma intervenção militar americana no Brasil e no Vietnã faz justiça ao ex-presidente João Goulart.
Jango não foi um covarde que deixou de reagir, quando podia, aos golpistas daqui.
Em agosto de 64, quatro meses depois do golpe no Brasil, o governo americano forjou um ataque da marinha norte-vietnamita a seus navios, para justificar a intervenção direta dos EUA naquele país.
Ali ficariam 10 anos, até  serem escorraçados, mas deixando um rastro de morte, destruição e sofrimento que aterrorizou o mundo inteiro.
Faria o mesmo aqui, naqueles dias, se houvesse resistência?
A gravação mostra que isso não é um delírio ou propaganda antiamericana.
A Quarta Frota já vinha para cá, em princípio para fornecer combustível e armas para os militares subversivos do golpe.
Jamais se saberá se Jango tinha ideia das intenções americanas em toda a sua extensão e até onde estavam dispostos a ir.
Mas, sabendo até que ponto foram em um país muito mais distante deles e muito menos estratégicos, como o Vietnam, é possível imaginar.
Muitas vezes a estatura de um governante deve ser medida não pelo o que ele fez.
Mas pelo que ele impediu que se fizesse.
As mortes, as torturas, os exílios, banimentos e cassações foram imensos, cruéis, graves e imperdoáveis.
Mas, com certeza, nada perto do que fizeram ao povo vietnamita.
Jango teve uma grandeza tão extrema quanto o foi a pequenez daqueles que estavam a pedir a invasão estrangeira em seu próprio país.
E que, se não os entregaram pelas armas, fizeram isso com nossa soberania.
Lentamente, a história, apesar de nossos Ministros do STF, vai apontando a gravidade de seus crimes.
Não foram apenas destruidores de vidas. Foram, alguns deles, traidores de sua pátria.
E há suas novas versões, que seguem desejando entregar este país, seu povo e nossas imensas riquezas.
Tomara que as novas gerações de militares consigam ver que o que  eles fizeram e representaram, sob palavras hipócritas, são aquilo que mais ofende a nossa consciência de brasileiros, pedir e oferecer-se a uma invasão militar  estrangeira em nosso país.

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