Mais médicos, oposição e burrice « Observatório Geral
Chama-se oposição sistemática o modelo que tenta afirmar que tudo que o governo faça ou pense é ruim e podre. Pelos cálculos de opositores que agem assim só há imbecis, energúmenos e canalhas no governo.
O povo, para a oposição sistemática, é o que menos importa. Ainda que jure que tudo é discutido reativamente em seu nome. O governo Dilma, com a aproximação teórica das eleições, passou a ser perseguido por um PSDB canino; e cego. Vai piorar.
A importação de médicos, seja ou não medida eleitoreira de Dilma, atenderá efetivamente a bolsões imensos da sociedade brasileira sem assistência. Isto é fato. Mas não interessa. Nada há aí que pode prestar para uma oposição sistemática.
Esta oposição pode nem “perder” tanto quando é considerada intensa ou radical; está previsto. Mas quando suas falas e ações passam uma ideia de burrice, aí fica pior.
Admita-se que, sim, tenha sido uma medida eleitoreira e canalha de Dilma, visando à reeleição, o programa Mais Médicos. A questão da popularização do atendimento médico é tão grandiosa que aceita a suposição. Haverá benefício real para a população pobre? Inegavelmente sim. Mas nenhum opositor ao governo tem a segurança de levantar esta questão. Ela – que justifica tudo – se torna proibida e sinônimo de traição ao PSDB se for dita. A oposição sistemática não consegue olhar para o benefício social, apenas mira o “inimigo” que precisa ser destruído, desmoralizado, morto e entregue às hienas.
E o povo? O povo que se lasque.
Este modelo de política com a oposição venenosa e de má-fé não tem nada de ético ou saudável. O povo só precisa enxergar isso. Seja o PT ou o PSDB que manejem uma oposição assim.
Num modelo de sociedade mal informada e com a imprensa restrita, esse modelo pode até convencer a incautos. Mas num Brasil da atualidade o risco de uma oposição deste tipo é imenso.
Depois que a imprensa passou a ver rostos, expressões e discursos dos médicos cubanos, houve uma ligeira tendência de aumentar a aceitação. São profissionais qualificados e, como verdadeiros médicos, não recusam “missões” a necessitados e esquecidos. O fato é que o Brasil – inclua-se aí o governo Lula – não tomou atitude similar. Mas quando Dilma resolve fazer, com a previsão de uma ótima impactação, a oposição mostra os dentes.
Mais do que a política ou o jogo de interesses pode estar em cena. Fica patente a burrice. E com ela não se precisa perder muito tempo. OG.
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