Brito mostra o Dr Gaveta, melhor advogado dos tucanos
Calma, o Serra está com o Gilmar, diria o Kotscho..m
publicado 23/02/2018
(Crédito: Aroeira)
O Conversa Afiada reproduz do Tijolaço, de Fernando Brito:
Reportagem de Rubem Valente e Reynaldo Turollo Jr, hoje, na Folha, mostra que o “Dr. Gaveta” continua sendo o maior – e melhor – advogado dos tucanos envolvidos em desvios de dinheiro em obras públicas.
Fica-se sabendo, por ela que a história dos R$ 113 milhões encontrados pelo Ministério Público da Suíça em contas em que Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, suposto operador de propinas nas obras do Rodoanel, dormitou nas gavetas da Procuradoria Geral da republica desde agosto do ano passado sem que nenhuma providência – inclusive a remessa á Polícia Federal para investigação – desde aquela data.
Colocada sob segredo de Justiça – no caso tucano isso significa, claro, que não há vazamento – a cópia da informação, misteriosamente, foi parar nas mãos da defesa de Paulo Preto, que a usa para tentar barrar o seguimento do processo no STF, onde o caso – adivinhão! – está nas mãos do Ministro Gilmar Mendes.
Foi, dizem os auxiliares do “Dr. Gaveta” na defesa de Paulo Preto, “disponibilizada” a eles.
É o segundo desempenho brilhante das gavetas da Procuradoria da República em casos envolvendo tucanos.
Em 2011, o procurador da República Rodrigo de Grandis, apesar de instado três vezes a atender ao pedido de investigação feito pelo Ministério Público da Suíça sobre os suspeitos de intermediar propinas pagas pela empresa Alstom a políticos e servidores de São Paulo deixou esquecido por quase três anos o papel. “Puseram na pasta errada”, explicou-se ele.
Por enquanto o caso só serve para revelar a incrível solidariedade tucana: José Serra mandou dizer que já encontrou prontos a concorrência e os contratos do Rodoanel e seu auxiliares comentar que Serra não é associado a Vieira, mas que “herdou” Paulo Preto do governo Alckmin e ele era homem do hoje chanceler Aloysio Nunes Ferreira.
Mas se tudo voltar para dentro da gaveta, agora pelas mãos de Gilmar Mendes, as bicadas, ao menos de público, acabam.
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