Gleisi fala sobre capa de Istoé: “Adorei a boina”
A icônica foto de Gleisi Hoffmann na capa da
IstoÉ, de boina, ganhará versão em poster com os dizeres "Democracia,
Desenvolvimento, Justiça Social e Fraternidade"; em artigo, a presidente
nacional do PT afirma que "adorou a boina", apesar da "falta de cuidado
no uso da língua, dos plurais, e uma grande quantidade de informações
erradas"
- A icônica foto de Gleisi Hoffmann na capa da IstoÉ, de boina, ganhará
versão em poster com os dizeres: "Democracia, Desenvolvimento, Justiça
Social e Fraternidade". Em artigo especial, a presidenta nacional afirma
que "adorou a boina", apesar da "falta de cuidado no uso da língua, dos
plurais, e uma grande quantidade de informações erradas".
Em tempo, adorei a boina!
Gleisi Hoffmann
Entre erros de digitação, falta de cuidado no uso da língua, dos
plurais, e uma grande quantidade de informações erradas, a revista "Isto
é" número 2487 conta uma história bastante fantasiosa, com o único
intuito de me atacar.
A verdade é que eu, enquanto pessoa Gleisi Hoffmann recebo a
violência da acusação e pretendo buscar os caminhos cabíveis para
questioná-la. Como presidenta, democraticamente eleita, do PT não me
surpreendi.
A revista usa de uma narrativa fraudulenta para dizer o óbvio:
sim, a "Isto é" e eu estamos em lados políticos opostos. Enquanto apoio a
democracia no Brasil e em toda a América Latina, autoritária é a
revista "Isto é" que apoiou um golpe de Estado no Brasil que prejudica
os trabalhadores e acaba com direitos da população sistematicamente.
A matéria do dia 11, último, tem vários erros de fato; vários de
interpretação e um objetivo claro: sustentar uma ideia de corrupção como
algo inerente a um partido ou a algumas pessoas. O tom adjetivo da
revista não é novo diante da vitalidade que o Partido dos Trabalhadores
mostra em termos políticos, e de todas as pesquisas eleitorais que
indicam que o povo não acredita mais nestas historietas mal construídas.
Dentre as falhas mais visíveis, que evidenciam o pobre
"jornalismo" da publicação, estão o fato de, por exemplo, a senadora não
ter feito campanha ao senado em 2014 (como diz a revista) e sim ao
governo do Estado do Paraná. Uma mínima pesquisa seria suficiente para
evitar este furo de credibilidade. Ademais, NÃO HÁ no mencionado
relatório da PF qualquer fato que ligue Paulo Bernardo à minha campanha
de 2014. Absolutamente nada.
No intuito unicamente de atacar, a revista mistura inquéritos
distintos, conclusões diferentes numa grande sopa de letrinhas. Nem eu,
nem Paulo temos qualquer relação com a empresa "Consist" ou com seus
donos, como fica claro no próprio inquérito mencionado.
Se a matéria é cheia de erros, também é repleta de má fé. Há uma
mistura de informações, por si só falsas, entre as campanhas de 2008,
2010 e 2014. É evidente que o interesse da revista não é informar, não é
questionar ou buscar de mim quaisquer respostas. Sequer fui procurada
pela revista anteriormente. O objetivo é tão somente difamar.
Tal fato fica claro quando se percebe que se retirarmos os
adjetivos, o tamanho do texto cai quase pela metade. Sim, metade do
espaço e do tempo do leitor foi desperdiçado com adjetivos ofensivos e
fotos descontextualizadas. O bom jornalismo da "Isto é", parece ter
ficado num passado distante.
É possível tirar duas lições importantes do evento. A primeira, é
evidenciar, mais uma vez, que a publicação faz mais política do que
jornalismo. A segunda, é a demonstração de que a revista se encontra
politicamente em oposição à democracia no Brasil e na América Latina; em
oposição às lutas populares e, por isso, em oposição à minha postura
histórica. É preciso dizer ao povo que não há vergonha alguma em
levantar bandeiras e usar cores que signifiquem um objetivo ético de
luta. Isto, caso a revista não saiba, chama-se democracia.
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