Perguntas cretinas, respostas idem
por Renato Terra
Pego emprestado de Millôr Fernandes o formato “Perguntas Cretinas com Respostas Engatilhadas” misturado com o clássico da revista MAD “Respostas Cretinas para Perguntas Imbecis”.
P. Direitos Humanos defendem bandidos?
R. Óbvio. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi elaborada por Al Capone e Marcinho VP no tempo em que eram casados. Há provas no WhatsApp. Seus objetivos foram divulgados no 1º Foro de São Paulo: Pavimentar caminho para o Twitter facilitar a vida de quem pretende burlar a Lei Seca, por sugestão de Capone, e divulgar o comunismo para eleger Lula, por sugestão de VP –na época conhecido como Marcinho PT.
Até hoje, é comum ver o artigo 1º colado na parede de milicianos, traficantes e de líderes do PCC: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”.
P. A comoção por todas as mortes deve ser igual?
R. Claro. E aqui vai uma dica: se você morrer no mesmo dia que Pelé, Roberto Carlos ou Silvio Santos, peça para a sua família processar todos os meios de comunicação que não te derem o mesmo espaço.
P. O aumento do número de armas vai reduzir a violência?
R. Evidente. Policiais militares do RJ, por exemplo, andam armados. Por isso, quase não são vítimas de violência.
P. Foram “6.370 homicídios violentos no ano passado. E onde estava Marcelo Freixo? Aliás, o segredo de aborrecer é dizer tudo, e eu digo: onde estava Marielle?” (Reinaldo Azevedo em 16/3 na Band News).
R. Estavam em horário de almoço na Liga da Justiça junto com o Batman, os Super Gêmeos e o Aquaman.
P. Existe homofobia no Brasil?
R. Não porque todo mundo que perdeu a vergonha na cara entrou pra gay.
P. Existe racismo no Brasil?
R. Positivo e operante. Já não se pode ser homem branco e heterossexual sem sofrer patrulha. O mundo tá chato pra caramba.
P. Estão politizando a morte de Marielle?
Resposta Nem Tão Cretina: Não. Estão dançando “Ragatanga” para amplificar uma voz que confrontava milícias, traficantes e maus policiais ao mesmo tempo que arregaçava as mangas para dar oportunidades aos favelados e guarida aos bons policiais. Quem faz essa acusação de que “estão politizando” está —tchan tchan tchan— politizando também.
*Publicado na Folha de S.Paulo
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