domingo, 8 de fevereiro de 2015

Gasto de R$ 251 bi com juros pagaria uma década de Bolsa Família

Gasto de R$ 251 bi com juros pagaria uma década de Bolsa Família 



Gasto de R$ 251 bi com juros pagaria uma década de Bolsa Família


















A administração petista expandiu programas sociais e investimentos no
ano eleitoral de 2014, mas, entre as maiores despesas federais, a que
mais cresceu foi o pagamento de juros da dívida.





Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30), o governo Dilma
Rousseff entregou R$ 251,1 bilhões no ano passado aos credores da União,
numa expansão de 35,1% em relação aos R$ 185,8 bilhões do ano anterior.





Alex Falcão - 20.dez.14/Futura Press/Folhapress

Construções do Minha casa, Minha Vida (SP); R$ 17,3 bi para conter alta do dólar pagariam programa
O montante bastaria para quase uma década de benefícios do Bolsa
Família, a principal marca das políticas oficiais de combate à miséria.

Da cifra, só os R$ 17,3 bilhões em despesas financeiras destinadas a
conter a alta do dólar são praticamente equivalentes ao total destinado
ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, outra vitrine do
Executivo.





O aumento dos gastos com juros superou os dos investimentos em
infraestrutura e dos programas mais tradicionais de transferência de
renda, como os de previdência, assistência social e amparo ao
trabalhador.





DESONERAÇÕES





Entre as principais causas da piora das contas do Tesouro Nacional, há
apenas um caso de elevação mais aguda, mas de dimensões bem menores: a
perda de receita com as desonerações da folha de pagamento, que passou
de R$ 12,3 bilhões, em 2013, para R$ 21,6 bilhões no ano passado, alta
de 75,6%.





Enquanto a equipe econômica nomeada neste ano corta despesas de custeio e
propõe restrições à seguridade social, os encargos da dívida pública
tendem a acompanhar a elevação das taxas do Banco Central.





Trata-se de uma reviravolta na política de redução dos juros que chegou a
ser adotada como trunfo político de Dilma -que, em 2012, cobrou a queda
das taxas bancárias em pronunciamento na TV.





Naquele ano, a taxa Selic, do Banco Central, havia caído a 7,25% ao ano,
menor patamar desde sua criação, em 1986. Os gastos do governo federal
com sua dívida caíram de R$ 180,6 bilhões para R$ 147,3 bilhões.





Na época, a Fazenda defendia que, com o alívio das despesas financeiras,
havia novo espaço no Orçamento para a queda de impostos e a expansão de
programas sociais e investimentos, como forma de reduzir a pobreza e
estimular a economia.





EFEITO COLATERAL





Posta em prática, a estratégia foi eficaz em reduzir o desemprego, mas
com o efeito colateral de acelerar a inflação. Com o IPCA ameaçando
ultrapassar o teto de 6,5% fixado na legislação, os juros voltaram a
subir a partir de 2013 e hoje já estão em 12,25%.





A taxa é uma das mais elevadas do mundo. Em termos reais, ou seja,
descontada a inflação, só perde para a da Rússia, que deverá enfrentar
recessão aguda neste ano.





Além do impacto da alta dos juros, os encargos da dívida cresceram com a
injeção de recursos do Tesouro -obtidos com a venda de títulos
públicos- nos bancos oficiais e as intervenções do BC no mercado de
câmbio.





Nessas operações, a instituição oferece ao mercado contratos vinculados à
variação das cotações do dólar: se elas caem, o BC tem lucro; se elas
sobem, como aconteceu em 2014, prejuízo.















17 mil788

Livraria da Folha







Comentários

Ver todos os comentários (33)Comentar esta reportagem

Moreira Matos (457)

(31/01/2015 11h41) há 8 dias Denunciar
Difícil
é entender como o governo do petem contraiu um dívida tão astronômica
ao poto de ter que pagar R$ 251 bilhões de juros em um só ano. E muito
mais incompreencível é atinar para onde foi toda esta dinheirama, se as
obras públicas, em sua maioria se encontram paradas ou andam a passos de
tartaruga. Será que esta mincharia sguiu os mesmas veredas dos recursos
da Petrobras? Também, é inconcebível acreditar, que nós brasileiros
aceitemos este descalabro como fato natural. Ainda há esperança?

O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem
Responder

VampirishV (2946)

(31/01/2015 12h08) há 8 dias Denunciar
Juros
pagos para quem? Todo mundo sabe (ou deveria saber), que o sigilo
bancário e a imunidade parlamentar serve de escudo para acobertar os
desvios milionários de dinheiro publico e evitar o processo penal. O
dinheiro foi para os bancos, para os magnatas proprietários, que se
escondem. E interessante para o governo e para os grandes agiotas do
Brasil manter essa divida e pagar esses juros. E um ciclo que nunca
acaba.

O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem
Responder





















Siga a folha




Nenhum comentário:

Postar um comentário