domingo, 26 de outubro de 2014

Bom Dilma, ótimo Brasil para todos!

Bom Dilma, ótimo Brasil para todos!

dilma_curitiba


Os 142 milhões de eleitores brasileiros voltarão às urnas neste
domingo para, além de escolher o presidente ou presidenta da República,
definir o rumo que querem dar ao país; se continua marchando ao futuro
ou se dá uma marcha à ré na História.


No momento do encontro solitário com a urna eletrônica cada cidadão
deverá fazer um exame de consciência comparando sua vida pregressa, dos
anos 90, a era FHC/PSDB, com os anos atuais de Lula e Dilma.


Houve melhoria na qualidade de vida de sua família? Há emprego para
você, seus amigos e parentes? Teve a carteira assinada? Trocou o carro,
comprou uma casa, ingressou na universidade? Viajou de avião? São
perguntas concretas que o eleitor precisa responder defronte ao teclado
da urna.


A julgar pela experiência do Paraná, com Beto Richa, e São Paulo, com
Geraldo Alckmin, os tucanos não são uma boa opção para o país; os
paulistas padecem da falta de água, fruto da ausência de planejamento;
os paranaenses sofrem com calotes e cortes em áreas sociais provocados
pelo “choque de gestão”.


Aécio Neves representa a volta ao passado, o resgate do
neoliberalismo já reprovado pelo povo, que significa o endeusamento do
mercado, o desemprego, juros altos; a privatização de serviços básicos
como saúde e educação; na lógica do PSDB, só os endinheirados têm lugar
ao Sol.


Dilma Rousseff é a solidariedade, a continuidade da esperança e a
perspectiva do desenvolvimento calcado na produção e no emprego; é a
certeza de que haverá mais investimentos em políticas públicas sociais
afirmativas e avanço seguro para o futuro.


Por tudo isso, eu voto e peço o seu voto para Dilma.


É por isso que eu lhe desejo um Bom Dilma e um ótimo Brasil para todos nós!

Depoimento: ginecologista fascista | Brasil 24/7

Depoimento: ginecologista fascista | Brasil 24/7


Priscila Gontijo

PRISCILA GONTIJO
Assim que entrei em sua sala, o médico
percebeu o adesivo da Dilma grudado no meu caderno. Ele então me olhou
de cima abaixo, se levantou e rapidamente trancou a porta do consultório








Foi a minha primeira consulta com o médico ginecologista na zona
oeste da cidade de São Paulo. O único que aceitava o meu plano de saúde
para realizar a tal cirurgia. Seis meses nessa lenga-lenga.


Assim que entrei em sua sala, o médico percebeu o adesivo da Dilma
grudado no meu caderno. Ele então me olhou de cima abaixo, se levantou e
rapidamente trancou a porta do consultório.


Em seguida, sentou-se na minha frente lentamente e iniciou o interrogatório num tom sombrio com a seguinte frase:


"Tenho uma curiosidade: por que vocês querem destruir o país?"


Perplexa, minha boca secou. Estava ali para fazer exames.


Ele continuou exigindo os motivos do meu voto com voz pausada e
baixa. E acrescentou: "Veja bem, sou nulo". E amparado por essa
neutralidade fictícia, fez diversas perguntas. Eu disse que não tinha
ido conversar sobre política e sim agendar a cirurgia. Ele não arredou o
pé. Mirava-me do alto do seu pós-doutorado estampado em letras
garrafais na parede. Tão sabido e inteligente que não fazia ideia do que
eram as políticas públicas de educação no Brasil. Quando eu revelei que
na Puc vários alunos ingressaram na universidade pelo PROUNI e o ENEM o
clima pesou ainda mais. Nesse instante, o doutor-nulo me olhou
estupefato.


O golpe fatal veio quando eu lhe disse que diversos alunos de Osasco e
do grande ABC estudavam na ilustre Pontifícia Universidade Católica do
seu bairro. Repetiu a palavra "Osasco" com uma boquinha de nojo e
enxugou o suor da testa.


Em seguida me perguntou sobre o PROUNI e o ENEM revelando uma ignorância alarmante:


"Esses programas PROUNI e ENEM por exemplo, as pessoas não precisam fazer vestibular nem prova alguma, né?"


Fiquei na dúvida em responder. Ele morava em Marte?


Seguiu-se o interrogatório. Pedi pra ele analisar os meus exames,
afinal estava ali pra isso. Mas o singular doutor que se auto-intitulava
apolítico insistia em me questionar. Diante do meu crescente
constrangimento ele ganhou novo ânimo. Já bradava: "Você devia ter
vergonha! Por que vai votar nessa mulher?"


Eu, mais encurralada do que nunca cheguei a pensar no tal código de
ética dos médicos. Existia mesmo isso? Em que galáxia? Se eles podem
fazer o que bem entendem e sem o menor pudor? Nesse exato momento, ele
deu o berro triunfal repetindo a pergunta: "Por que votar nessa mulher?
Exijo explicações." Olhei pra porta. Trancada. Pensei no plano de saúde.
O único médico que aceitava meu plano para a cirurgia. Demorei mais de
seis meses pra encontrar um e agora tinha urgência. Não podia pagar o
procedimento em uma clínica particular. Resolvi falar sobre os projetos
sociais do atual governo e das aulas que ministro há mais de seis anos
na periferia da cidade de São Paulo e de como estava feliz em ver meus
alunos, que antes não tinham acesso, ingressarem nas universidades. Era
por esse e outros motivos que iria votar "nessa mulher", expliquei.
Nesse instante, ele estufou o peito e gritou:


"Não estou perguntando do social. O social não interessa. Quero saber da questão financeira!"


Nesse instante mirei a imagem da Dilma no adesivo: uma jovem no
tribunal totalmente oprimida e humilhada. Pedi socorro pra imagem.
Saliva? Zero. E fixei a ilustre nulidade a minha frente com firmeza,
dando a entender que não iria ceder. Ele sentenciou:


"Na época da ditadura não havia roubalheira."


Ali tive a certeza: não iria me operar com médico torturador.


Mas ele era um maratonista da obtusidade. Um triatleta da ignorância.
E conseguiu piorar ainda mais. Chegou ao ápice mórbido da seguinte
pergunta:


"Por acaso na época do Figueiredo roubavam? E na época do Geisel?"


Eu respondi que na época do Geisel não só roubavam como matavam e ele retrucou sentencioso:


"Não estou perguntando isso! Não quero saber se matavam. Quero saber sobre o aspecto financeiro."


Passando mal pedi pra sair.


O tal idiota da objetividade perguntou o que vinha no Bolsa Família e
depois de ouvir, proferiu numa cínica afirmação exaurida pelo uso:


"Isso é esmola."


Tonta, disse que realmente tinha pressa e me levantei.


Finalmente o doutor-torturador me libertou do cativeiro.


Livre, já fora do consultório-prisão desagüei num choro de impotência atroz no meio da rua.


Ionesco deve estar rindo de nós.


E com razão.


Tráfico de cocaína, familiares de Aécio e o aeroporto de Cláudio-MG

Tráfico de cocaína, familiares de Aécio e o aeroporto de Cláudio-MG

Tráfico de cocaína, familiares de Aécio e o aeroporto de Cláudio-MG

Desde o envolvimento direto do primo de Aécio Neves,
passando por um laboratório de refino de pó em Cláudio-MG até o
helicóptero dos Perrella. Entenda a polêmica da rota da cocaína em Minas
Gerais: um escândalo que carece de investigação

aécio neves cocaína aeroporto helicóptero
As polêmicas de um escândalo com investigações
pendentes. Aeroporto de Cláudio, helicóptero do pó e a rota do tráfico
de drogas (Edição: Pragmatismo Político)
Uma distância de apenas 14 quilômetros separa os dois escândalos recentes da política nacional
que envolvem dois senadores por Minas Gerais, o ex-presidente do
Cruzeiro, Zezé Perrela (PDT) e o candidato a presidente Aécio Neves
(PSDB).


A pista de pouso e decolagem
construída durante o governo de Aécio Neves em Cláudio, no Centro-Oeste
mineiro, em um terreno que pertenceu a fazenda do tio avô do candidato
tucano fica distante 14 quilômetros de Sabarazinho, um povoado de
Itapecerica, também no Centro-Oeste Mineiro, onde o helicóptero da
empresa Limeira Agropecuária, da família do senador Zezé Perrela, fez
uma parada para reabastecimento carregado com 445kg de pasta base de
cocaína, em novembro do ano passado.


aeroporto aécio neves cocaína helicóptero
A parada em um ponto de Sabarazinho aconteceu três horas e meia antes
da apreensão da aeronave por policiais militares e federais em um sítio
em Afonso Cláudio, no Espírito Santo. O valor da carga é estimada em R$
10 milhões, podendo multiplicar por dez com o refino. Segundo o
inquérito da PF, o carregamento foi feito em Pedro Juan Cabalero, no
Paraguai, e tinha como possível destino Amsterdam, na Holanda, o que
configura tráfico internacional.


No dia 20 do mês passado, reportagem do jornalista Lucas Ferraz, da
“Folha de S.Paulo”, revelou que Aécio Neves construiu a pista na fazenda
que pertenceu a seu tio-avô, além de ficar próxima a uma propriedade da
família do candidato. Na última semana, Aécio Neves admitiu que já usou
a pista, mesmo o espaço ainda não tendo sido homologado pela Agência
Nacional de Aviação Civil.


VEJA TAMBÉM: Aécio Neves nomeou desembargador que recebia dinheiro para soltar traficantes


O investimento do governo mineiro para a construção da pista foi de
R$ 14 milhões. Cláudio tem 25 mil habitantes e está distante 50
quilômetros de Divinópolis, onde já existia uma pista de pouso e
decolagem.O cruzamento dos dois escândalos – do helicóptero e da pista –
é comprovado pelos documentos considerados sigilosos do inquérito da
Polícia Federal (PF), que este repórter teve acesso.


A PF constatou, com base no rastreamento do GPS do helicóptero e nas
anotações do plano de vôo dos pilotos, ambos apreendidos e examinados
pela perícia técnica, que o helicóptero carregado com quase meia
tonelada de pasta base de cocaína parou em um ponto próximo ao povoado
de Sabarazinho.


Segundo o inquérito da PF, no dia 24 de novembro de 2013, às 14h17,
aproximadamente três horas e meia antes do helicóptero ser apreendido
pela polícia no município de Afonso Cláudio, no Espírito Santo, a
aeronave ficou parada por trinta minutos numa fazenda do povoado, onde
duas pessoas aguardavam o pouso com galões de combustível.


A localidade fica a 14 quilômetros da pista de Cláudio e também das
fazendas da família Tolentino, onde nasceu Risoleta Neves, esposa de
Tancredo Neves e avó de Aécio Neves.O município de Cláudio chega,
inclusive, a ser citado no inquérito na análise das mensagens
telefônicas dos pilotos, que foram captadas pelas Estações de Rádio Base
(ERB), que são os equipamentos que fazem a conexão entre os telefones
celulares e a companhia telefônica.


Cidade de Cláudio tinha refino de cocaína

Uma informação publicada pelo portal G1 em novembro de 2013
revelou que a Polícia havia identificado e fechado um laboratório de
refino de cocaína na cidade de Cláudio-MG. O local foi desarticulado
após uma denúncia anônima e foram encontradas cocaína e maconha. Ninguém
foi preso.


De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, parentes do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ficavam com as chaves do aeroporto de Cláudio.


O primo de primeiro grau do senador tucano, Tancredo Tolentino, foi
preso, junto com um desembargador nomeado pelo próprio Aécio, por vender
liminares para tirar traficantes de droga da prisão (veja aqui).


Helicóptero do pó

O helicóptero do pó foi apreendido no dia 24 de novembro.
Três dias depois, 27 de novembro, após a apreensão ganhar destaque na
mídia, o proprietário da terra fez uma denúncia para a Polícia Militar
de Divinópolis. Segundo a PM, tal denúncia foi feita de maneira
“anônima”. O proprietário afirma que avistou um helicóptero sobrevoando a
região em baixa altitude e depois encontrou em suas terras 13 galões,
de 20 litros cada, com substância semelhante a querosene.


Sabarazinho helicóptero aeroporto cláudio aécio neves
Distância entre o aeroporto de Cláudio e o povoado de Sabarazinho
Como o Boletim foi realizado após a apreensão do helicóptero, o
delegado da Polícia Federal em Divinópolis, Leonardo Baeta Damasceno,
afirma no inquérito não descartar o envolvimento de pessoas da região e
recomenda uma diligência sigilosa no local.


Porém, ainda de acordo com o inquérito que esse repórter teve acesso a
diligência não foi realizada. Em outra página do inquérito, o
proprietário é inocentado sem explicação convincente, dessa vez por
documento assinado pelo agente da PF, Rafael Rodrigo Pacheco Salaroli.


No final de abril, o copiloto do helicóptero dos Perrela confessou que estava com medo de morrer. “Estou acabado. Minha empresa quebrou e não consigo emprego”, revelou José de Oliveira Júnior.


Toda a trama ainda carece de investigação mais aprofundada e é possível que muito pouco até agora tenha sido revelado.


SAIBA MAIS: Dono do helicóptero do pó ganhou 3 contratos sem licitação de Aécio Neves

O que pode — e deve — vir depois da capa da Veja

O que pode — e deve — vir depois da capa da Veja

O que pode — e deve — vir depois da capa da Veja




Postado em 24 out 2014
 



Quando soube da capa da Veja, me ocorreu uma passagem que, algum tempo atrás, testemunhei em Londres.


Os tabloides foram avançando cada vez mais em métodos indignos,
desonestos e criminosos na busca de furos – e com eles leitores e
anunciantes.


Até que se soube que um tabloide de Murdoch, o News of the World,
invadira a caixa postal de uma garota de treze anos sequestrada e morta.


Acabou ali a festa.


Em menos de uma semana, em meio a uma torrencial comoção espalhada
entre os britânicos, o centenário News of the World estava fechado.


Logo, repórteres, editores e altos executivos de empresas
jornalísticas delinquentes começaram a ser investigados, processados e,
em muitos casos, presos.


Não demorou muito e se estabeleceu um consenso na sociedade
britânica: a imprensa tinha que ser submetida a novas regras. O regime
de auto-regulação, como mostrou espetacularmente o caso do News of the
World, fracassara.


Agora, os arranjos finais das novas regras estão em debate. Os tabloides nunca mais voltaram a fazer o que faziam impunemente.


Enxergo no jornal de Murdoch na cobertura do sequestro e morte da garota inglesa a Veja nesta capa às vésperas das eleições.


Certas passagens trágicas, e este é o lado positivo delas, têm o
poder de transformar coisas ruins que de algum modo vão se acumulando.


Uma hora um limite é rompido – e a opinião pública berra um basta do qual não existe retorno.


A Veja não vai deixar de circular imediatamente como o News of the World.


Mas, como ficou claro na reação de Dilma, uma história de muitos anos
acabou com a capa desta sexta e outra história só não vai se iniciar
caso Aécio vença.


O que chegará ao fim, se Dilma ganhar, é um pacto não escrito entre a imprensa e sucessivos governos.


Este pacto estabelece, basicamente, o seguinte. A mídia dá uma
cobertura amiga. Não investiga corrupção, por exemplo. Projeta uma
imagem de bem-aventurança generalizada. Protege o poder.


Em troca, as grandes empresas recebem dinheiro público em doses
avassaladoras. É publicidade, é compra de livros didáticos, é aquisição
de lotes de revistas, é financiamento facilitado em bancos públicos.


É, enfim, uma coleção interminável de mamatas que levaram os donos das empresas a terem algumas das maiores fortunas do país.


Com FHC, o pacto funcionou esplendidamente. Tanto que a compra de
votos para a emenda da reeleição jamais foi investigada com seriedade.


Os problemas começaram com Lula.


É curioso notar que a ruptura do pacto foi unilateral: partiu da
imprensa. Talvez em dose não tão grande, mas ainda assim absurdamente
elevada, a bilionária publicidade governamental continuou a fluir para
as maiores companhias jornalísticas.


A Globo, como passamos a saber depois que a Secom decidiu divulgar
seus gastos, recebe anualmente 600 milhões de reais em verbas
publicitárias federais.


Quando você acrescenta a aquilo tudo recursos de governos estaduais e
municipais, não é exagero dizer que as grandes empresas de mídia são
virtualmente financiadas com dinheiro público.


A novidade que surgiu na era PT é que a mídia descobriu que poderia
continuar a mamar sem dar as contrapartidas que sempre ofereceu aos
governos amigos.


Foi então que começaram a brotar colunistas dedicados exclusivamente a
atacar Lula em todas as mídias: jornais, revistas, rádios, televisão,
internet.


Para a mídia, era o melhor dos mundos. O que era uma guerra fria no
começo se tornou logo um batalha aberta. Não raro, denúncias sem nenhum
fundamento passaram a ser publicadas como se fossem verdades
indiscutíveis.


Colaborou para isso a Justiça brasileira, complacente com os crimes
da imprensa, ao contrário do que ocorre em sociedades avançadas.


E o melhor, para as grandes empresas: ao mesmo tempo em que atacavam
ferozmente o governo, sempre recolheram, no final de cada mês, o
Mensalão das verbas publicitárias desse mesmo governo.


Para a sociedade, esse esquema é uma calamidade. É como se ela mesma
pagasse para ser enganada e manipulada por jornais e revistas.


O objetivo é perpetuar um situação em que uns poucos – a começar
pelos donos da mídia – tenham privilégios assombrosos. Você não consegue
entender a desigualdade brasileira se não entender este pacto entre
mídia e governos.


Por que o PT não rompeu um contrato tão sinistro para o país?


Esta é uma grande pergunta.


Numa visão benévola, defendida por alguns petistas, por
“republicanismo” – expresso numa expressão de consequências funestas
para os brasileiros: “mídia técnica”. É como se a mensagem fosse a
seguinte: “Sou tão correto que encho a Globo de dinheiro mesmo sabendo
que esse dinheiro vai dar em Mervais, Jabores, Sardenbergs etc.”


Numa visão menos benévola, por medo. Por insegurança. Por temer que a retaliação dos barões da imprensa.


Deu no que deu: nesta capa da Veja.


Se essa capa representar o fim de um pacto tenebroso para os brasileiros, teremos, paradoxalmente, que ser gratos a ela.


(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

Dilma, um coração valente que merece respeito

Dilma, um coração valente que merece respeito | Muda Mais

Dilma, um coração valente que merece respeito


Dilma - Coração Valente

Video of Dilma - Coração Valente
 
Eleger
uma matriarca como nossa presidência fez toda a diferença. Carinhosa
com os mais pobres e humildes, é, ao mesmo tempo, uma mulher muito forte
e muito severa com o malfeito.


Já esteve presa, simplesmente por defender esse país. Não perdeu a
integridade, nem o amor pelo Brasil. Não perdeu a esperança, nem a
dignidade. O que move Dilma Rousseff é um sentimento superior: fazer o
Brasil crescer com justiça social.


Diário do Centro do Mundo » A capa criminosa da Veja dessa semana

Diário do Centro do Mundo » A capa criminosa da Veja dessa semana


A morte do jornalismo

Eu tinha 17 anos quando entrei para a faculdade de Jornalismo e
sonhava em trabalhar na Veja. Eu sabia que gostava de escrever e que a
Veja era a maior revista do país, praticamente a única que quase todos
tinham acesso e comentavam na minha cidade.


Nasci e cresci em Laguna, uma pequena cidade de Santa Catarina, o
estado mais de direita do Brasil, numa época em que a internet não era
nada perto do que é hoje. E as matérias da Veja eram discutidas no
colégio.


Chegavam a cair em provas, como “atualidades” e a Biblioteca disponibilizava um arquivo de Vejas para pesquisa.


Talvez por isso eu não me culpo, acredito que não tinha muita escolha.


Era uma cidade com uns 50.000 habitantes, e, que eu me lembre, todos acreditavam na Veja.


Cheguei então na faculdade com esse pensamento e nas primeiras
semanas de aula lembro que um professor pediu pra que nós elegêssemos
nosso jornalista favorito. Mais de 80% da turma elegeu o Arnaldo Jabor e
o segundo mais votado foi William Bonner.


Eu também era fã do Jabor na época, mas talvez para ser diferente,
para aparecer, ou porque realmente eu pensava assim, escolhi outro: o
colunista da Veja, Diogo Mainardi.


Eu vibrava com as tiradas sarcásticas, o humor ácido e as frases
curtas do Mainardi. Pouco me importava o conteúdo que eu não entendia
direito, ou pior, eu concordava até os meus 17 anos. Ele falava de
economia, política, filosofia e xingava o Lula. Lembro que era o que eu
mais gostava: do jeito que ele xingava o Lula.


Era isso o que, na época, eu mais ouvia as pessoas fazerem em Laguna, e o Mainardi levava o xingamento a um outro nível.


Vale lembrar que o governador, os senadores, deputados e
provavelmente a maioria dos prefeitos e vereadores de Santa Catarina
eram do DEM, PP e outros partidos de extrema direita ou quase isso.


Santa Catarina sempre foi uma capitania hereditária da direita
conservadora. Talvez porque lá a desigualdade nunca existiu como em
outros estados, nem mesmo a escravidão, e ao invés de mão de obra
escrava, o estado se serviu muito bem dos imigrantes europeus. Por isso
os catarinenses são tão loiros e fazem tanto sucesso nos comerciais de
margarina.


E talvez por não ter que lidar ou mesmo ver de perto a miséria
extrema e a desigualdade obscena que afeta muito mais outros estados,
nós, catarinenses, somos um povo tão despolitizado, tão rebanho de
oligarquias direitistas e tão suscetível às manipulações grosseiras
dessa mídia criminosa na qual eu queria trabalhar até os meus 17 anos.


Mas essas são talvez apenas as minhas desculpas por ter sido tão
estúpido até essa idade e Santa Catarina é mesmo um estado lindo. Aécio
também deve ter as desculpas dele para dizer, em entrevista com a mesma
idade, que todos no Rio de Janeiro tem uma ou duas empregadas e que as
mulheres não precisam trabalhar.


Mas é que a capa criminosa da Veja dessa semana realmente foi demais
para mim e eu senti a mais profunda vergonha por um dia já ter sonhado
em trabalhar nessa revista. Vergonha por não ter percebido antes. Por
ter algum dia sido cúmplice dos crimes que ela comete em defesa dos
próprios interesses desesperados.


Se Dilma vencer no domingo, será a prova de que a Veja acabou como revista de jornalismo.


Ela pode até continuar a existir, mas deve ser ensinado nas escolas e
universidades que aquilo que ela faz tem outro nome, não é jornalismo.


Realmente não sei hoje como chamar, mas ainda espero que um dia chamemos de crime.

Uma discussão estritamente jornalística sobre o caso Veja

Uma discussão estritamente jornalística sobre o caso Veja

Uma discussão estritamente jornalística sobre o caso Veja



Postado em 25 out 2014
Protesto contra a Veja
Protesto contra a Veja

Vou falar estritamente sobre a técnica jornalística utilizada pela Veja na última edição.


Percebi que é necessário, uma vez que mesmo jornalistas experientes
como Ricardo Noblat não compreendem exatamente onde está o problema.


Citei Noblat porque, em sua conta no Twitter, além de em determinada
altura do debate de ontem ele informar seus seguidores de que a bateria
do celular acabara, ele fez a seguinte indagação.


“Que prova Dilma quer da reportagem da Veja?  Uma gravação? Diria que é falsa. Uma entrevista do doleiro preso?”


Uma das missões do jornalismo é jogar luzes sobre sombras. Noblat jogou ainda mais sombras sobre as sombras já existentes.


Prova é prova. Prova são evidências consideradas irrefutáveis pela
Justiça depois de um processo em que as partes defendem sua posição.


Prova não é a palavra de ninguém – gravada, escrita ou dita em
público. Porque o ser humano pode dizer qualquer coisa que imagine que
vá beneficiá-lo ou prejudicar um opositor.


Imagine que alguém queira destruir moralmente você. Ele afirma que
você é pedófilo, por exemplo. Grava um vídeo e coloca no YouTube.


O fato de ele haver falado que você é pedófilo não prova nada,
evidentemente. Você o processa. A Justiça vai pedir provas. Se o
difamador não as tiver, estará diante de uma encrenca considerável.


O raciocínio acima não vale, infelizmente, para o jornalismo, dada a
influência que as empresas de mídia exercem sobre a Justiça no Brasil.


Mas vale em sociedades mais avançadas. O caso clássico, neste capítulo, é o de Paulo Francis.


Acusou diretores da Petrobras de terem contas no exterior. Como as
acusações foram feitas em solo americano, no programa Manhattan
Connection, os acusados puderam processá-lo nos Estados Unidos.


A Justiça americana pediu provas a Francis. Ele nada tinha. Na
iminência de uma indenização à altura das calúnias, Francis se
atormentou e morreu do coração.


Na Justiça brasileira, ele certamente se sairia facilmente de um
processo. E ainda seria glorificado como mártir da liberdade da
expressão.


Ainda que, para voltar à frase de Noblat, uma fita fosse apresentada, isto não valeria rigorosamente nada. De novo: nada.


Imagine, apenas a título de exercício mental, que alguém tivesse
prometido ao doleiro preso vantagens no caso de uma vitória de Aécio:
dinheiro, pena branda, cobertura discreta em jornais, revistas,
telejornais.


Imagine, além disso, que o doleiro de fato acreditasse que uma simples declaração sua daria a presidência a Aécio.


Ele falaria o que quisessem que ele falasse, naturalmente.


No Brasil, situações como a que descrevi podem acontecer.


Nos Estados Unidos, e volto a Paulo Francis, não. Sem provas, não
apenas o acusador estaria frito. Também jornais e revistas que
reproduzissem suas acusações enfrentariam problemas colossais.


A sociedade tem que ser protegida.


Em meus dias de Abril, meus amigos se lembram, sempre disse que seria
simplesmente inimaginável um jornal publicar – sem provas – uma
entrevista em que um irmão do presidente fizesse acusações destruidoras.


Esse irmão poderia estar mentindo, por ódio ou motivações pecuniárias. Inventando coisas. Aumentando outras.


Onde muitas pessoas viram um triunfo da Veja, enxerguei desde o
princípio uma demonstração da miséria do jornalismo nacional. E da
Justiça, porque se ela agisse como deveria ninguém destruiria a
reputação de ninguém sem provas.


Tantos anos depois deste caso a que me refiro, nem o jornalismo brasileiro e nem a Justiça evoluíram.


As trapaças estão até nos detalhes. O jornalismo digno manda que você tome cuidados básicos ao publicar acusações. O acusador disse isso ou aquilo. Afirmou. Para manipular leitores, a Veja utiliza outro verbo: revelou. É, jornalisticamente, uma canalhice e um crime.


A Veja sabe que pode publicar o que bem entender porque a Justiça não
vai cobrar provas. Como opera em solo brasileiro, e não americano,
ainda poderá se declarar mártir da liberdade da expressão, caso seja
mesmo processada por Dilma.


Era o que aconteceria com Paulo Francis se não tivesse sido julgado pelas leis americanas.


Nos Estados Unidos, de onde emigrou há 60 anos a então modesta
família Civita para fazer fama e fortuna no Brasil, a Veja estaria morta
há muito tempo com o tipo de jornalismo que faz.


(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

sábado, 25 de outubro de 2014

A peleja do "PT Malvado" contra o "Pobre Tucano"

A peleja do "PT Malvado" contra o "Pobre Tucano" – Ricardo Kotscho – R7

A peleja do “PT Malvado” contra o “Pobre Tucano”

Em busca de uma razão para explicar a nova onda vermelha de Dilma e
o derretimento de Aécio, na antevéspera da eleição presidencial, a
velha imprensa familiar criou uma narrativa comum que, de tão
fantástica, lembra a literatura de cordel: "A Peleja do PT Malvado
contra o Pobre Tucano".


Dava até pena de ver experimentados profissionais se contorcendo nas
cadeiras dos telejornais noturnos, visivelmente contrariados, diante das
novas pesquisas divulgadas no final da tarde desta quinta-feira, que
apontavam a reeleição de Dilma no domingo, por uma diferença entre 6 e 8
pontos dos votos válidos. Ver análise sobre os números do Datafolha e
do Ibope neste link:



O chororô do pensamento único vinha acontecendo já há alguns dias,
desde que o Datafolha e o Vox Populi mostraram Dilma na frente de Aécio,
no início da semana, pela primeira vez no segundo turno, e foi chegando
próximo à histeria, diante da confirmação da inversão das curvas nas
novas pesquisas, abrindo a boca do jacaré.


Tudo era culpa do "PT Malvado": baixo nível, jogo sujo, má-fé,
mentiras, leviandades, agressividade, terrorismo, desconstrução. Ou
seja, acusa-se o adversário pelas dificuldades enfrentadas por Aécio na
reta final da campanha, depois de entrar com a bola toda no segundo
turno.


Se procurassem as razões da derrocada na própria campanha tucana, os
"istas" e "ólogos" de plantão poderiam descobrir que as entrevistas
desastradas de Fernando Henrique Cardoso sobre os eleitores do PT e de
Armínio Fraga sobre bancos públicos foram mais danosas para Aécio do que
todas as propagandas negativas do PT focadas no nepotismo e no
patrimonialismo, tão coisas nossas.





Em política, como sabemos, o papel de vítima indefesa diante do
adversário malvado não funciona. O coitadismo nunca deu certo, o povo
não aceita. Lula e o PT só passaram a ganhar eleições quando perceberam
isso.


Por acreditar demais na mídia amiga, Aécio parece ter levado um susto
ao ver a ave de bico grande indo para o brejo, quando já posava de
presidente eleito, e não se conformava de ter sido chamado de "filhinho
de papai" pelo ex-presidente Lula: "Ver um ex-presidente sendo
protagonista dessa campanha sórdida, e a meu ver criminosa, é
lamentável", queixou-se.


Após visita a d. Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, Aécio
ainda pediu aos seus eleitores que saiam no sábado vestidos com as cores
da bandeira brasileira, sem se dar conta de que o mesmo apelo já tinha
sido feito por Fernando Collor, pouco antes de ser afastado da
Presidência da República, em 1992, acusado de corrupção.


"Nos aguardem. Domingo falarei com vocês como presidente eleito",
anunciou o candidato tucano, após incorporar um Collor básico, que não
combina com ele. Algum assessor deveria lembrá-lo que naquele episódio,
em vez de verde-amarelo, o povo se vestiu foi de preto para protestar
contra o então presidente.


Desta vez, a cor predominante nestas últimas horas de campanha
eleitoral, fora de São Paulo, claro, é o vermelho. Por aqui também já
bateu o desespero nos tucanos pouco antes da divulgação das pesquisas,
como relata Nilson Hernandes, de O Globo, sobre o confronto entre
tucanos e petistas diante do Teatro Municipal, no centro da cidade,
envolvendo 500 apoiadores de Aécio:



"Ao se depararem com cerca de 50 petistas que faziam campanha para a
presidente Dilma Rousseff, com bandeiras e distribuição de material de
campanha, um dos cabos eleitorais de Aécio atirou uma bandeira em
direção a um correligionário de Dilma. O militante petista, então,
revidou contra o ônibus no qual os apoiadores do PSDB estavam
embarcados. Nesse momento, cerca de dez militantes tucanos desceram e
começaram a dar socos e pontapés contra os petistas, que também
desferiram agressões contra os adversários".


Era previsível e até estava demorando: todo o clima de ódio e
agressões do Fla-Flu eleitoral alimentado por pitbulls nas redes sociais
e também por blogueiros da grande imprensa acabou chegando às ruas, em
cenas que lembraram os recentes confrontos entre torcidas organizadas do
futebol.


Uma nota pitoresca em meio à batalha final entre tucanos e petistas
foi registrada pela revista britânica "The Economist", que apoia
abertamente Aécio Neves, em despacho do seu correspondente Jan
Piotrowski, sobre a manifestação tucana da véspera, que reuniu 10 mil
pessoas no largo da Batata, em São Paulo.


Encantado com o que viu, o jornalista chamou o ato pró-Aécio de
"Revolução da Cashmere", uma referência à lã macia usada em roupas
caras. "Foi um espetáculo talvez sem precedentes na história das
eleições e não apenas do Brasil. Vestidos com camisas com iniciais
bordadas e bem passadas empunhavam bandeiras de Aécio. Socialites
bem-vestidas protegidas por pashminas para se proteger do frio fora de
época entoavam frases anti-PT. As únicas coisas que faltaram foram taças
de champanhe e o próprio sr. Neves, que fazia campanha em Minas",
escreveu o correspondente.


Agora, meus caros leitores, como diria o professor Heródoto Barbeiro
em bom latim, "alea jacta est!". A sorte já está lançada, o jogo está
jogado. Só faltam dois programas de televisão, na hora do almoço e à
noite, e depois o debate na TV Globo. A campanha está acabando. Faltam
menos de 48 horas para a abertura das urnas.

Crime de Veja é grotesca fraude jornalística | Brasil 24/7

Crime de Veja é grotesca fraude jornalística | Brasil 24/7









247 - O ato
cometido pela família Civita em sua mais recente edição não merece outra
qualificação. Trata-se de um atentado à democracia brasileira. Um
crime. Uma tentativa escancarada de golpe.



A dois dias da eleição presidencial,
a Abril faz circular uma edição em que a presidente Dilma Rousseff, que
lidera as pesquisas Ibope e Datafolha já fora da margem de erro, é
acusada de comandar um esquema de desvios na Petrobras.



Assinada pelo repórter Robson Bonin,
a reportagem já principia com uma explicação, que é quase um pedido de
desculpas pelo crime:



A
Carta ao Leitor desta edição termina com uma observação altamente
relevante a respeito do dever jornalístico de publicar a reportagem a
seguir às vésperas da votação em segundo turno das eleições
presidenciais. "Basta imaginar a temeridade que seria não publicá-la
para avaliar a gravidade e a necessidade do cumprimento desse dever".
VEJA não publica reportagens com a intenção de diminuir ou aumentar as
chances de vitória desse ou daquele candidato.
Feita a explicação, parte-se para a
reportagem em si sobre o depoimento de um doleiro, que já foi negado por
seu próprio advogado (leia mais aqui).



Lá pelas tantas, eis o que diz o
repórter: "O doleiro não apresentou – e nem lhe foram pedidas – provas
do que disse. Por enquanto, nesta fase do processo, o que mais interessa
aos delegados é ter certeza de que o depoente atuou diretamente ou pelo
menos presenciou ilegalidades".



O que mais é preciso dizer?


Nada.


Simplesmente, que a família Civita
cometeu um atentado contra a democracia brasileira, com a intenção se
colocar acima da vontade popular, estimulando seus colunistas raivosos a
já falar em impeachment, caso a presidente Dilma Rousseff confirme sua
vitória no próximo domingo.


Veja faz

Valter Pomar

Veja faz


Faz parte.



Gastei parte da minha manhã lendo a revista Veja.



Chamo de revista porque estudei artes gráficas e opto pelo termo técnico.



Não fora isto, chamaria de outra coisa.



Lida capa e miolo, não há dúvida de que se trata apenas de um panfleto eleitoral contra a reeleição de Dilma, contra Lula e contra o PT.



Panfleto que desrespeita a legislação eleitoral.



Panfleto escrito com assessoria de advogados.



Teria muita coisa a ser dita. Mas para economizar nosso tempo, vejamos apenas os dois trechos a seguir (os negritos são meus):



Trecho 1: "VEJA não publica reportagens com a intenção de diminuir ou aumentar as chances de vitória desse ou daquele candidato. VEJA publica fatos com o objetivo de aumentar o grau de informação de seus leitores sobre eventos relevantes, que, como se sabe, não escolhem o momento para acontecer". 



Trecho 2: "(...)
poderia ter realizado toda essa manobra sem que Lula soubesse? O fato de
ter ocorrido no governo Dilma é uma prova de que ela estava conivente
com as lambanças da 
turma da estatal? Obviamente, não se pode condenar Lula e Dilma com base apenas nessa narrativa. Não é disso que se trata. Youssef
simplesmente convenceu os investigadores de que tem condições de obter
provas do que afirmou a respeito de a operação não poder ter existido
sem o conhecimento de Lula e Dilma.
"



Sutil, não?



Eventos relevantes não escolhem o momento para acontecer.



"Eventos" não. Mas a mídia escolhe do que falar, como falar e o momento de falar.



Por exemplo: a falta de água em São Paulo.



Vai ver que eventos tucanos não movem a Veja.



Mas afinal, de que eventos trata a presente edição da revista?



Lendo o texto, não se encontra uma mísera prova de que:



1)Youssef tenha realmente dito o que Veja coloca na boca dele;



2)Os "investigadores" tenham realmente ficado convencidos de algo.



Tudo que há é off.



Off... ou pura e simples invenção.



Por falar em invenção, convém lembrar do episódio relatado no link abaixo:



http://terramagazine.terra.com.br/semfronteiras/blog/2010/12/26/a-falsa-comunicacao-de-crime-feita-por-gilmar-mendes-encerra-2010/



Mas vamos imaginar que Youssef tenha mesmo dito algo (seu advogado nega) e vamos supor, também, que os investigadores tenham mesmo ficado convencidos de algo.



Ainda assim, quem garante que Youssef esteja falando a verdade? 



Como se sabe, o que é dito na delação premiada precisa ser comprovado.



Sem provas, é um ato criminoso divulgar uma acusação desta gravidade.


E fazê-lo neste momento constitui interferência criminosa no processo eleitoral.


Veja cometeu estes crimes, para tentar ajudar Aécio nesta reta final.



Ou, quem sabe, para começar antecipadamente a campanha de 2018.



Mas Veja sabe o risco que está correndo.



Por exemplo, o de ter que pagar uma indenização milionária.



Certamente por isto, algum advogado recomendou à Veja incluir, no mesmo texto em que condena Lula e Dilma, a seguinte frase: "não se pode condenar Lula e Dilma com base apenas nessa narrativa".



Não é genial?



Não se pode condenar, com base numa narrativa que Veja atribui a terceiros, mas que tudo indica forjada pela própria revista.



Não se pode condenar, mas Veja pode divulgar, em matéria de capa, na véspera da eleição, como se verdade fosse.



Veja merece um escracho.



Veja merece ser condenada, entre outras coisas a pagar uma indenização monstro a todos que ofendeu.



Veja merece sobreviver única e exclusivamente de seus assinantes e leitores.






Veja merece perder as eleições.



E Veja merece ser vendida num saquinho plástico impermeável, com uma recomendação do Ministério da Saúde estampada do lado de fora.



Algo genérico assim: Veja faz (muito) mal.





*




ps. aproveitando, vamos contribuir neste concurso: http://desesperodaveja.tumblr.com



ps. vale a pena ler Azenha: http://www.viomundo.com.br/denuncias/como-funciona-venda-casada-entre-revista-veja-e-o-jornal-nacional.html



ps. fundamental ouvir a presidenta Dilma: http://youtu.be/th857UxUe8Y



ps. Lei da Mídia Democrática neles!!!!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Golpe da Veja. Processo e fim de anúncio!

"Não dá mais para alimentar cobras"! Golpe da Veja. Processo e fim de anúncio!

Golpe da Veja. Processo e fim de anúncio!


Golpe da Veja. Processo e fim de anúncio!







Por Altamiro Borges


Em sua página no Facebook, a revista Veja já anuncia a sua
“bomba” para a véspera da eleição presidencial. A capa é das mais tenebrosas:
“Eles sabiam de tudo”. No fundo escuro, as fotos sombrias de Dilma e Lula. Na
chamada de capa, o “vazamento ilegal” do depoimento à Polícia Federal do doleiro
Alberto Youssef, um bandido notório brindado com uma “delação premiada e
premeditada”. Ele teria denunciado que a presidenta e o ex-presidente conheciam
o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. A “reporcagem”, que ainda não foi
disponibilizada no site da revista, é a última cartada da mafiosa famiglia
Civita para tentar dar sobrevida à cambaleante candidatura do tucano Aécio
Neves.






Vale lembrar que Figueiredo Basto,
advogado do doleiro suspeito de realizar estes vazamentos criminosos, é muito
ligado ao governador tucano Beto Richa. Em meados de outubro, o senador Roberto
Requião (PMDB) revelou no seu Twitter: “O advogado do Alberto Youssef, nessa
cruzada contra o PT, é Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto. Ele foi membro do
conselho da Sanepar”. O site da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar)
informa que ele foi conselheiro administrativo da empresa estatal até 28 de
abril passado. Ele foi indicado para o cargo por Beto Richa e é tido como um
homem da total confiança do governador tucano. Neste sentido, a “bomba” da
revista Veja é mais uma armação descarada.




Em 13 de outubro, o ministro Admar Gonzaga, do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), acatou pedido da coligação da presidente Dilma
Rousseff (PT) e concedeu liminar pela suspensão de uma inserção na rádio da
“Veja”. Ele entendeu que a revista, a pretexto de veicular publicidade
comercial, burlou a legislação eleitoral ao fazer propaganda ilegal de Aécio
Neves (PSDB). “O ministro considerou que houve divulgação de conteúdo próprio do
debate eleitoral, porém veiculado na programação normal do rádio na forma de
publicidade comercial, em desacordo com a regra contida no artigo 44 da lei
9.504/97, que veda a veiculação de propaganda paga”, descreveu o jornal
Valor.





Esta decisão do TSE, porém, parece que não intimidou os
capangas da famiglia Civita. A “Veja” está desesperada com a queda nas intenções
de voto do cambaleante tucano, confirmada nesta quinta-feira (23) pelas
pesquisas do Datafolha e Ibope. Já era previsível que tentasse uma última
cartada ainda mais suja – mesmo correndo o risco de nova condenação. Diante
destas e de várias outras atitudes ilegais e criminosas, o governo e o PT não
podem vacilar. A revista deve ser processada, exigindo-se a imediata resposta da
Justiça Eleitoral e, inclusive, a retirada de circulação deste panfleto
tucano.





Este novo golpe também deveria fazer com que o governo
repensasse sua política de publicidade. Não tem cabimento bancar anúncios
milionários numa publicação asquerosa e irresponsável, que atenta semanalmente
contra a democracia e o livre voto dos brasileiros. Não dá mais para alimentar
cobras! Chega!

Desafio Nível Hard: descubra qual capa da Veja é verdadeira!

BLOG DO SARAIVA

Desafio Nível Hard: descubra qual capa da Veja é verdadeira!





domingo, 19 de outubro de 2014

Todos soltos, todos soltos, até hoje - 19/10/2014 - Poder - Folha de S.Paulo

Todos soltos, todos soltos, até hoje - 19/10/2014 - Poder - Folha de S.Paulo

Todos soltos, todos soltos, até hoje

Não foi Dilma quem prendeu a bancada da Papuda, nem Aécio quem soltou os tucanos, mas a conta está aí
Nos debates medíocres da TV Bandeirantes e do SBT, em que Dilma Rousseff
parecia disputar a Presidência com Fernando Henrique Cardoso e Aécio
Neves parecia lutar por um novo mandato em Minas Gerais, houve um
momento estimulante. Foram as saraivadas de cinco "todos soltos"
desferida pela doutora.





Discutia-se a corrupção do aparelho petista e ela arrolou cinco
escândalos tucanos: "Caso Sivam", "Pasta Rosa", "Compra de votos para a
reeleição de FHC", "Mensalão tucano mineiro" e "Compra de trens em São
Paulo". A cada um, ela perguntava onde estavam os responsáveis e
respondia: "Todos soltos". Faltou dizer: todos soltos, até hoje.





Não foi Dilma quem botou a bancada da Papuda na cadeia, foi a Justiça.
Lula e o comissariado petista deram toda a solidariedade possível aos
companheiros, inclusive aos que se declararam "presos políticos". Aécio
também nada tem a ver com o fato de os tucanos dos cinco escândalos
estarem soltos. Eles receberam essa graça porque o Ministério Público e o
Judiciário não conseguiram colocar-lhes as algemas. O tucanato deu-lhes
graus variáveis de solidariedade e silêncio.





Pela linha de argumentação dos dois candidatos, é falta de educação
falar dos males petistas para Dilma ou dos tucanos para Aécio. Triste
conclusão: quando mencionam casos específicos, os dois têm razão. A boa
notícia é que ambos prometem mudar essa escrita.





A doutora Dilma listou os cinco escândalos tucanos, todos do século passado, impunes até hoje. Vale relembrá-los.





CASO SIVAM





Em 1993 (governo Itamar Franco), escolheu-se a empresa americana
Raytheon para montar um sistema de vigilância no espaço aéreo da
Amazônia. Coisa de US$ 1,7 bilhão, sem concorrência. Dois anos depois
(governo FHC), o "New York Times" publicou que, segundo os serviços de
informações americanos, rolaram propinas no negócio. Diretores da
Thomson, que perdera a disputa, diziam que a gorjeta ficara em US$ 30
milhões. Tudo poderia ser briga de concorrentes, até que um tucano
grampeou um assessor de FHC e flagrou-o dizendo que o projeto precisava
de uma "prensa" para andar. Relatando uma conversa com um senador,
afirmou que ele sabia "quem levou dinheiro, quanto levou".





O tucano grampeado voou para a Embaixada do Brasil no México, o
grampeador migrou para o governo de São Paulo e o ministro da
Aeronáutica perdeu o cargo. Só. FHC classificou o noticiário sobre o
assunto como "espalhafatoso".





PASTA ROSA





Em agosto de 1995, FHC fechou o banco Econômico. Estava quebrado e
pertencia a Ângelo Calmon de Sá, um príncipe da banca e ex-ministro da
Indústria e Comércio. Numa salinha do gabinete do doutor, a equipe do
Banco Central que assumiu o Econômico encontrou quatro pastas, uma da
quais era rosa. Nelas estava a documentação do ervanário que a banca
aspergira nas eleições de 1986, 1990 e 1994. Tudo direitinho: 59 nomes
de deputados, 15 de senadores e 10 de governadores, com notas fiscais,
cópias de cheques e quantias. Serviço de banqueiro meticuloso. Havia um
ranking com as cotações dos beneficiados e alguns ganharam breves
verbetes. No caso de um deputado, registravam 43 transações, 12 com
cheques.





Nos três pleitos, esse pedaço da banca deve ter queimado mais de US$ 10
milhões. A papelada tornara-se uma batata quente nas mãos da cúpula do
Banco Central. De novo, foi usada numa briga de tucanos e deu-se um
vazamento seletivo. Quando se percebeu que o conjunto da obra escapara
ao controle, o assunto começou a ser esquecido. FHC informou que os
responsáveis pela exposição pagariam na forma da lei: "Se for cargo de
confiança, perdeu o cargo na hora; se for cargo administrativo, será
punido administrativamente". Para felicidade da banca, deu em nada.





COMPRA DE VOTOS PARA A REELEIÇÃO DE FHC





Em maio de 1997, os deputados Ronivon Santiago e João Maia revelaram que
cada um deles recebera R$ 200 mil para votar a favor da emenda
constitucional que criou o instituto da reeleição dos presidentes e
governadores. Ronivon e Maia elegiam-se pelo Acre e pertenciam ao PFL,
hoje DEM. Foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Ronivon
voltou à Câmara em 2002. De onde vinha o dinheiro, até hoje não se sabe.





MENSALÃO TUCANO MINEIRO





Em 1998, Eduardo Azeredo perdeu para o ex-presidente Itamar Franco a
disputa em que tentava se reeleger governador de Minas Gerais. Quatro
anos depois, elegeu-se senador e tornou-se presidente do PSDB. Em 2005,
quando já estourara o caso do mensalão petista, o nome de Azeredo caiu
na roda das mágicas de Marcos Valério. Quatro anos antes de operar para o
comissariado, ele dava contratos firmados com o governo de Azeredo como
garantia para empréstimos junto ao banco Rural (o mesmo que seria usado
pelos comissários.) O dinheiro ia para candidatos da coligação de
Azeredo. O PSDB blindou o senador, abraçou a tese do "caixa dois" e
manteve-o na presidência do partido durante três meses.





Quando perdeu a solidariedade de FHC, Azeredo disse que, durante a
disputa de 1998, ele "teve comitês bancados pela minha campanha". Em
fevereiro passado, o Supremo Tribunal Federal aceitou a denúncia do
procurador-geral contra Azeredo e ele renunciou ao mandato de deputado
federal (sempre pelo PSDB). Com isso, conseguiu que o processo
recomeçasse na primeira instância, em Minas Gerais. Está lá.





COMPRA DE TRENS EM SP





Assim como o caso Sivam, o fio da meada da corrupção para a venda de
equipamentos ao governo paulista foi puxado no exterior. O "Wall Street
Journal" noticiou em 2008 que a empresa Alstom, francesa, molhara mãos
de brasileiros em contratos fechados entre 1995 e 2003. Coisa de US$ 32
milhões, para começar. O Judiciário suíço investigava a Alstom e tinha
listas com nomes e endereços de pessoas beneficiadas. Um diretor da
filial brasileira foi preso e solto. Outro, na Suíça, também foi preso e
colaborou com as autoridades.





Um aspecto interessante desse caso está no fato de que a investigação
corria na Suíça, mas andava devagar em São Paulo. Outras maracutaias,
envolvendo hierarcas da Indonésia e de Zâmbia, resultaram em punições.
Há um ano a empresa alemã Siemens, que participava de consórcios com a
Alstom, começou a colaborar com as autoridades brasileiras e expôs o
cartel de fornecedores que azeitava contratos com propinas que chegavam a
8,5%.





Em 2008, surgiu o nome de Robson Marinho, chefe da Casa Civil do governo
de São Paulo entre 1995 e 2001, nomeado ministro do Tribunal de Contas
do Estado. Em março passado, os suíços bloquearam uma conta do doutor
num banco local, com saldo de US$ 1,1 milhão. Ele nega ser o dono da
arca, pela qual passaram US$ 2,7 milhões. (Marinho tem uma ilha em
Paraty.) O Ministério Público de São Paulo já denunciou 30 pessoas e 12
empresas. Como diz a doutora, "todos soltos".


O pré-sal na mira dos apoiadores de Aécio

ContrapontoPIG

Petroleiras Americanas apoiando Aécio Neves, que promete Mudar a Lei de Partilha. 

Tradução de Artigo no Bloomberg News, de Outubro 10, 2014 4:37


"Shell to Halliburton Seen Winning With Brazil’s Neves"


 By Sabrina Valle and Juan Pablo Spinetto




http://mobile.bloomberg.com/news/2014-10-10/shell-to-halliburton-seen-winning-with-brazil-s-neves.html




Artigo original em Ingles> http://mobile.bloomberg.com/news/2014-10-10/shell-to-halliburton-seen-winning-with-brazil-s-neves.html
_______________________________________

TRADUZIDO>>


Vitória de Neves,  ganhos da Shell e Halliburton 

A
perspectiva de uma mudança de regime no Brasil está fazendo a Petróleo
Brasileiro SA (PETR4) o estoque mais valioso de petróleo do mundo. E
também está abrindo as portas para empresas estrangeiras explorarem mais
as grandes riquezas energética do país.Políticas que deixaram a estatal
Petrobras, com 139.000 milhões dólares em dívida e projetos no exterior
caros, frearam empresas como  a Royal Dutch Shell Plc (RDSA) e
Halliburton Co. (HAL) de expandir no país.


O candidato da
oposição Aécio Neves prometeleiloar licenças de exploração com mais
freqüência, aumentar os preços dos combustíveis e facilitar o processo
legal e burocrático para as Petroleiras estrangeiras.Neves, cujo partido
PSDB abriu o Petróleo para as Petroleiras estrangeiros no final dos
anos 90, surpreendeu os analistas ao ficar em segundo lugar na votação
05 de outubro e forçar um segundo turno eleitoral.Frustração entre as
empresas de petróleo e seus investidores com o Presidente Dilma Rousseff
, tem crescido desde que assumiu o cargo em 2011. No mês passado, um
grupo de lobby do petróleo disse que a indústria enfrenta dificuldades e
alguns Petrobras (PBR) fornecedores podem deixar o Brasil.


Neves
atacou a administração de Dilma e contratou um consultor da indústria e
um funcionário envolvido nas  privatizações na década de 1990, para 
redigir o seu programa de energia.
"Se Neves ganhar, ele vai abrir
aos investidores estrangeiros", disse Robbert van Batenburg, diretor de
estratégia de mercado na corretora Newedge EUA LLC, em entrevista por
telefone de Nova Iorque:"Essas restrições às importações e barreiras
comerciais não nos ajudam. Se ele ganhar, ele vai reverter todas as
restrições "- A Atração do PréSal


Neves, ex-governador do
estado de Minas Gerais, se comprometeu a fazer mais leilões de direitos
de exploração. Ele também está pensando em mudar a legislação que obriga
a Petrobras, a maior produtora em águas mais profundas do que 1000 pés,
a manter um mínimo de 30 por cento em todos os projetos na região
chamada de pré-sal.Rousseff e Neves estão empatados nas pesquisas
eleitorais e há menos de duas semanas da eleição em 26 de outubro. As
últimas pesquisas mostram que essa  corrida presidencial é a mais
contestada em mais de uma década.A Petrobras subiu 9,1 por cento desde
que Neves ganhou um lugar no segundo turno, enquanto as outras grandes
produtoras caíram. Nos últimos quatro anos, o estoque perdeu 32 % de
valor em termos de dólares, e teve o  pior desempenho entre os
principais concorrentes.A exigência de que a Petrobras seja a operadora
em cada nova descoberta no pré-sal, uma formação sob uma camada de sal
no subsolo marinho, devem ser revistos para estimular a concorrência,
Elena Landau, que aconselha Neves em matéria de energia, disse em uma
entrevista ontem no Rio de Janeiro,  que mudanças precisam da aprovação
do Congresso.


-Operadora Única


"Quando você tem a Petrobras
como operadora única, você está limitando a capacidade", disse Landau,
que foi apelidada de "Dama de Ferro das Privatizações" pela imprensa
brasileira depois de seu envolvimento nas privatizações de empresas
públicas durante a década de 1990 no governo do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso . "Isso restringe a concorrência."Petrobras não quis
comentar sobre como uma vitória Neves teria impacto na empresa e da
indústria.


As regras existentes no momento maximizam a participação
do país no setor, mas também atraem as empresas estrangeiras, disse
Aloizio Mercadante, coordenador da campanha de Dilma Rousseff, por
e-mail."Queremos que a Petrobras continue sendo a única operadora, sendo
capaz de desenvolver pesquisas  altamente científicas e de inovar, e
participar de toda a cadeia industrial de gás e petróleo", disse
Mercadante em resposta às perguntas da Bloomberg sobre a área do
pré-sal.


-Não Valorizadas


"As empresas estrangeiras não são
muito valorizados por este governo, como se elas fossem irrelevante",
disse ela. Dilma mostra que durante a sua administração mais de 500.000
barris por dia na área do pré-sal já estão sendo produzidos, e disse ter
protegido os preços de combustível aos consumidores da volatilidade dos
mercados internacionais de petróleo. Ela prevê grande lucro que
proporcionará o financiamento de programas sociais para reduzir a
pobreza na nação mais populosa. da América Latina.A eliminação dos
subsídios aos combustíveis que custaram Petrobras pelo menos 60 bilhões
de reais no primeiro mandato de Dilma Rousseff aumentariam o lucro da
empresa e sua capacidade de comprar bens e serviços de fornecedores como
a Halliburton, de acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo, ou
IBP, um grupo que faz lobby para a indústria.


-Trabalhadores Perdem


Em
meados de 2010, Halliburton Chief Executive Officer David Lesar disse
que a receita do Brasil cresceu quase 30 por cento, a empresa investiu
em infraestrutura. Em janeiro, ele disse que as empresas de serviços
foram "à procura de alívio", depois que as atividades de perfuração
caíram abaixo das expectativas.Halliburton não quis comentar sobre o
impacto de uma possível vitória de Neves nas urnas."Os produtos de
classe mundial e serviços convenientes também precisam ser competitivo
em preço", disse vice-presidente da Shell para novos negócios nas
Américas Jorge Santos Silva, durante uma conferência de petróleo
offshore no mês passado. "Um dos maiores desafios que a indústria
enfrenta é como ajudar os fornecedores locais e desenvolver produtos e
serviços", disse ele.A Shell está sempre disposta a trabalhar com
representantes do governo em que atua e prefere não comentar sobre
eleições, ele disse em uma resposta por e-mail.O Brasil está perdendo
trabalhadores qualificados de petróleo para outros países por causa de
cancelamentos ou atrasos do projeto, Paulo Cesar Martins, o chefe da
associação Abespetro de empresas de serviços offshore de petróleo, disse
na mesma conferência.As companhias petrolíferas precisam ter leilões
com frequência para manterem a equipe e os investimentos no Brasil,
disse ele. O número de sondas de perfuração operados por outras empresas
que não são da Petrobras caíram de 17 para 3, em 2010, ele disse.


-Deus é brasileiro


Cardoso,
o ex-presidente, quebrou o monopólio da Petrobras na exploração e
produção de petróleo em 1997 e criou os primeiros leilões de
exploração a serem leiloados sob um modelo de concessão em 1999. O
Brasil realizava leilões todo ano, até o ano de 2008.O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva declarou que os depósitos maciços eram prova
de que "Deus é brasileiro" e decidiu que a Petrobras seria responsável
por todos os projetos futuros na região.


Lula suspendeu licenças
offshore para manter reservas de petróleo recém-descobertas do Brasil
sob o controle do governo por meio da Petrobras, e o Brasil ficou sem
oferecer nenhum leilão aberto na área no Présal até 2013.Em 2007, Lula e
Dilma, ministra da Energia e depois chefe de gabinete, começou a
planejar a legislação para permitir que o governo, por meio da
Petrobras, mantivessem o controle do ritmo de desenvolvimento. Sabendo
que custaria centenas de bilhões de dólares para desenvolver a região do
pré-sal, eles ainda queriam empresas estrangeiras para ajudar a
produção de finanças como sócios minoritários, mas sem entregar à eles o
poder de definir orçamentos ou decidir onde perfurar.


-Um Líder


A
legislação resultante foi algo nunca antes visto na indústria. As
empresas petrolíferas são livres para formar consórcios e lances contra a
Petrobras. Se eles vencerem, eles precisam convidar o ex-rival para se
juntar ao grupo, com uma participação de 30 por cento e conceder-lhe o
controle sobre as decisões do dia-a-dia.  Nenhuma empresa entrou no
leilão contra a Petrobras, quando o Brasil colocou o modelo à prova. Ela
leiloou os direitos para produzir a Libra, um campo com valor
equivalente as atuais reservas provadas brasileiras, e apenas um grupo
liderado pela Petrobras colocou uma oferta."O Monopólio" do produtor
estatal sobre o pré-sal precisa ser revisto, Adriano Pires, o consultor e
co-autor do plano de Petróleo de Aécio Neves, que não tem  posição na
campanha dele, disse em uma entrevista por telefone do Rio."A Petrobras
não pode ser um instrumento de uso político", disse Pires. "Muita coisa
vai ter que mudar."




_____________________________________________________________

Para entrar em contato com os repórteres nesta história: Sabrina Valle, no Rio de Janeiro em svalle@bloomberg.net ; Juan Pablo Spinetto no Rio de Janeiro em jspinetto@bloomberg.net
Para entrar em contato com os editores responsáveis ​​por essa história: James Attwood em jattwood3@bloomberg.net Peter Millard
_____________________________________________________________

traduzido por Isabel Monteiro (@GringaBrazilien) em 17/10/2014
Artigo Original em Inglês, publicado por Bloomberg News aqui >http://mobile.bloomberg.com/news/2014-10-10/shell-to-halliburton-seen-winning-with-brazil-s-neves


LINK DA PUBLICAÇÃO:http://presalbrazil.blogspot.co.uk/2014/10/petroleiras-americanas-apoiando-aecio.html