sábado, 18 de outubro de 2014

Foi assim que Aécio levantou R$ 166 milhões

Foi assim que Aécio levantou R$ 166 milhões para 2012-2014? | Conversa Afiada

Foi assim que Aécio levantou
R$ 166 milhões para 2012-2014?

Aécio Neves e Eduardo Campos estariam unidos desde a eleição de 2012





Cartório autenticou assinatura de Danilo de Castro






O Procurador Federal de Minas
Gerais, Eduardo Morato Fonseca, recebeu do Sindicato dos Auditores
Fiscais de Minas Gerais (SINDIFISCO-MG), um documento que mostra uma
lista de políticos, partidos e empresas numa operação para,
supostamente,  financiar as campanhas eleitorais de 2012 para prefeitos e
vereadores.

Conversa Afiada tem a informação
de que o promotor Morato Fonseca encaminhou a documentação à
Procuradoria Geral da República, já que entre os suspeitos estão
políticos com direito a foro privilegiado.

No documento, onde se lê “consórcio” é possível entender que dele façam parte operações à margem da legislação eleitoral.

O
arquivo teria sido enviado ao candidato a Presidente Aécio Neves
(PSDB), em 4 de setembro de 2012, por Danilo de Castro, à época
Secretário de Estado de Governo de Minas e possível operador do esquema.
Nessas eleições, Castro coordenou a campanha de Pimenta da Veiga (PSDB) ao Governo de Minas.

A
movimentação financeira teria beneficiado partidos e políticos –
principalmente prefeitos e vereadores – nas eleições de 2012. Entre
eles, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que faleceu
este ano em acidente de avião. Teriam sido destinados R$ 2 milhões e 500
mil a Campos, conforme teria determinado Aécio Neves, como mostra o
documento, o que mostra uma suposta ligação entre ambos há, pelos menos,
dois anos.

Ao todo, 19 siglas teriam o caixa abastecido com o
esquema, como PSDB, PSB, DEM, PPS, PSD, PV, PP, PRB. Entre os políticos
citados, estão José Serra (PSDB), então candidato a prefeito em São
Paulo, que teria recebido R$ 3 milhões e 600 mil, o prefeito de Belo
Horizonte (MG), Marcio Lacerda (PSB), R$ 7 milhões, Arthur Virgilio
(PSDB), prefeito de Manaus (AM), R$ 600 mil, Geraldo Julio (PSB),
prefeito de Recife (PE) R$ 550 mil e o senador José Agripino Maia (DEM),
R$ 2 milhões e 300 mil “por intermédio” do deputado Gustavo Correia
(DEM-MG), de acordo com o documento.

Os recursos podem ter saído
de mais de 150 empresas dos mais diversos setores, como alimentação,
construção civil, bancos, associações e sindicatos. Algumas foram
citadas recentemente pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa,
em seu depoimento à Justiça Federal: Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz
Galvão e Camargo Correa.

Chamam a atenção supostas doações de
grupos como Conselho Federal de Medicina, que se envolveu na polêmica do
programa Mais Médicos, que teria cedido R$ 40 mil, Federação Mineira
dos Hospitais R$ 45 mil, Federação das Santas Casas de MG com R$ 100
mil, Associação Espírita o Consolador com R$ 160 mil, Associação dos
cuidadores de idosos de MG, com R$ 200 mil, UGT (União Geral dos
Trabalhadores) R$ 50 mil e Sindicato dos ferroviários R$ 55 mil. Além de
bancos como o BMG, BGT Pactual, Santander, Itaú e Mercantil do Brasil.

Outras
que aparecem são empresas ligadas a governos, como a CEMIG, companhia
de energia de Minas, que teria doado R$ 6 milhões, a CODEMIG (Companhia
de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) R$ 3 milhões e a Fundep
(Fundação de desenvolvimento da Pesquisa) instituição que realiza a
gestão de projetos de ensino, pesquisa e extensão da UFMG (Universidade
Federal de Minas Gerais).

Alguns dos doadores já são denunciados
por participar de esquemas polêmicos. Um deles é o dono da Stillus
Alimentação Ldta, Alvimar Perrela, ex-presidente do Cruzeiro e irmão do
deputado Zezé Perrela. Segundo matéria de O Globo,
“ele é acusado de liderar um esquema de fraudes que o fez vencedor em
32 licitações com o governo de Minas para o fornecimento de quentinhas
para presídios do estado. No período de janeiro de 2009 a agosto de
2011, o grupo de empresas ligadas a Stillus Alimentação recebeu cerca R$
80 milhões em contratos firmados com a Secretaria de Estado de Defesa
Social de Minas”.
A Construtora Cowan,
uma das responsáveis pela construção do viaduto que caiu em Belo
Horizonte, de acordo com os documentos, teria cedido ao esquema R$ 650
mil.

Consta ainda a quantia de R$ 36 milhões e 800 mil que teria vindo de “outras fontes”, não esclarecidas.

O dinheiro arrecado teria irrigado, principalmente, as campanhas de PSDB, DEM e PSB.
Abaixo, o documento na íntegra:
































Em tempo: membros da oposição na Assembleia
Legislativa de Minas chegaram a convocar uma coletiva para divulgar esse
documento. Mas cancelaram, sobretudo, porque ele menciona  nomes que
fazem parte de um grupo que pode vir a apoiar o Governo de Fernando
Pimentel.

Em tempo2: Na ilustração do alto, o
amigo navegante pode observar que o documento com o timbre do 7o ofício
de notas de Belo Horizonte, situado à Rua dos Goytacases, número 43,
centro,  datado de 04/09/2012, teve a assinatura de Danilo de Castro
reconhecida no dia 02/10/2012, pelo escrevente Gustavo Correia Eunapio
Borges no 7o ofício de notas de Belo Horizonte.

Filiado ao PSDB-MG, foi Secretário de Estado do Governo de Minas Gerais e Deputado Federal, eleito por três vezes consecutivas.

Em tempo3: O Conversa Afiada
encaminhou este post ao Presidente do Tribunal Superior Eleitoral,
Ministro Dias Toffoli, com a pergunta: se for verdade, que Democracia e
que eleições são essas?

Em tempo4: atento amigo
navegante liga para observar que à cidade de Cláudio teriam sido
destinados R$ 300 mil , possivelmente ao Titio, e, talvez, antes de ele
manter a guarda da chave do aeroporto….




Paulo Henrique Amorim com Alisson Matos

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