Veja censura até sua própria página na internet. Não admite “sacrilégios”
22 de setembro de 2013 | 10:11
A Veja é uma espécie de “camarada Stálin” da direita. E pior.
Stálin mandava retocar – na época o “photoshop” era guache no negativo – as fotos onde Leon Trotsky aparecia nos acontecimentos da revolução russa.
Veja manda deletar da internet o que considera “sacrílego” à sua fé fundamentalista em subjugar as instituições e qualquer coisa que possa sugerir que alguém não necessariamente ligado aos “petralhas” possa discordar do que diz.
Foi por isso que algum guri ingênuo da sua redação resolveu publicar uma notinha-bobagem sobre o caso das globais que posaram e distribuiram fotos “de luto” pela decisão do STF sobre o caso do chamado “mensalão”. Notinha sem nenhum tipo de crìtica a elas, até aplausos, como você pode ler abaixo:
O espírito zombeteiro do rock fez das suas nesta quinta-feira. A iniciativa de cinco atrizes deAmor à Vida, a novela das nove da Globo, de se vestir de preto e fechar a cara para fotos em protesto à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reabrir o julgamento do mensalão, virou meme em plena noite do metal do Rock in Rio — a noite do preto no festival carioca.
Carol Castro, Rosamaria Murtinho, Nathalia Timberg, Susana Vieira e Bárbara Paz aparecem de camisas negras em duas imagens publicadas por Bárbara em seu perfil no Instagram. ”Atrizes em luto pelo Brasil!”, escreveu a Edith da trama de Walcyr Carrasco.
Não que as atrizes não tenham direito — e sobretudo razão — de protestar. É que o espírito zombeteiro do rock, menino levado, não perde uma piada.
Só que o Stálin Civita não tem humor e não suportou ver as montagens zombeteiras que, aliás, todas ali se submeteram a ter de suportar, porque contra teatrinho, teatrinho e meio.
Foi lá e deletou a página.
Como nós defendemos a liberdade de imprensa até na Veja, mesmo não considerando isso mais que uma bobagem, vamos reproduzir o que a revista censurou. Enquanto não tirarem, aliás, você pode ver no “cache” do Google, enquanto eles também não retiram de lá.
Sobre o assunto, deixo que o Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, fale o que representa.
Aqui, me limito a reproduzir o que a Veja censurou.
Se alegarem que é montagem destinada a desmerecer pessoas, respondo que se trata de um pequeno prazer pessoal, em devolução a uma capa da revista, nos idos de 2002, onde misturava leonel Brizola a figuras como Maluf e Collor, com seus rostos montados sobre dinossauros.
Lamento que as senhoras da foto possam estar se sentindo atingidas. Mas quem usa a sua imagem para o debate tem de admitir que o debate acabe virando também imagem.
Afinal, ridendo castigat mores, rindo critica-se os costumes, já dizia o romano Cícero.
Por: Fernando Brito
Stálin mandava retocar – na época o “photoshop” era guache no negativo – as fotos onde Leon Trotsky aparecia nos acontecimentos da revolução russa.
Veja manda deletar da internet o que considera “sacrílego” à sua fé fundamentalista em subjugar as instituições e qualquer coisa que possa sugerir que alguém não necessariamente ligado aos “petralhas” possa discordar do que diz.
Foi por isso que algum guri ingênuo da sua redação resolveu publicar uma notinha-bobagem sobre o caso das globais que posaram e distribuiram fotos “de luto” pela decisão do STF sobre o caso do chamado “mensalão”. Notinha sem nenhum tipo de crìtica a elas, até aplausos, como você pode ler abaixo:
O espírito zombeteiro do rock fez das suas nesta quinta-feira. A iniciativa de cinco atrizes deAmor à Vida, a novela das nove da Globo, de se vestir de preto e fechar a cara para fotos em protesto à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reabrir o julgamento do mensalão, virou meme em plena noite do metal do Rock in Rio — a noite do preto no festival carioca.
Carol Castro, Rosamaria Murtinho, Nathalia Timberg, Susana Vieira e Bárbara Paz aparecem de camisas negras em duas imagens publicadas por Bárbara em seu perfil no Instagram. ”Atrizes em luto pelo Brasil!”, escreveu a Edith da trama de Walcyr Carrasco.
Não que as atrizes não tenham direito — e sobretudo razão — de protestar. É que o espírito zombeteiro do rock, menino levado, não perde uma piada.
Só que o Stálin Civita não tem humor e não suportou ver as montagens zombeteiras que, aliás, todas ali se submeteram a ter de suportar, porque contra teatrinho, teatrinho e meio.
Foi lá e deletou a página.
Como nós defendemos a liberdade de imprensa até na Veja, mesmo não considerando isso mais que uma bobagem, vamos reproduzir o que a revista censurou. Enquanto não tirarem, aliás, você pode ver no “cache” do Google, enquanto eles também não retiram de lá.
Sobre o assunto, deixo que o Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, fale o que representa.
Aqui, me limito a reproduzir o que a Veja censurou.
Se alegarem que é montagem destinada a desmerecer pessoas, respondo que se trata de um pequeno prazer pessoal, em devolução a uma capa da revista, nos idos de 2002, onde misturava leonel Brizola a figuras como Maluf e Collor, com seus rostos montados sobre dinossauros.
Lamento que as senhoras da foto possam estar se sentindo atingidas. Mas quem usa a sua imagem para o debate tem de admitir que o debate acabe virando também imagem.
Afinal, ridendo castigat mores, rindo critica-se os costumes, já dizia o romano Cícero.
Por: Fernando Brito
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