sábado, 20 de maio de 2017

Temer, "idoso", foi enganado por empresário "esperto", diz HC

ConJur - Temer, "idoso", foi enganado por empresário "esperto", diz HC



Defesa informal

Temer, "idoso", foi enganado por empresário "esperto", diz autor de Habeas Corpus

O
presidente Michel Temer (PMDB), por ser idoso (76 anos) e não ter
intimidade com o mundo empresarial, foi enganado pelo dono do JBS,
Joesley Batista, homem de negócios “muito experimentado”, conhecido no
mercado como “muito esperto”, de 45 anos de idade e que, em sua carreira
profissional, sempre buscou atingir seus objetivos a “todo custo”.






Essa é a síntese do Habeas Corpus
do advogado Samuel José Orro Silva, de Taubaté (SP), protocolado no
Supremo Tribunal Federal, pedindo para arquivar o inquérito que teve abertura autorizada pelo ministro Edson Fachin para investigar o presidente.

Segundo
a inicial do HC, Silva, que não tem representação nos autos do
inquérito ou defende o político oficialmente, diz ainda que a gravação
feita pelo empresário da conversa que teve com Temer, entregue depois
para a Procuradoria-Geral da República, não comprova a prática de crimes
alegada por Rodrigo Janot no pedido de abertura de inquérito enviado ao
STF.

“Estamos falando do maior grupo privado do país, com a
assessoria dos melhores e irretocáveis estrategistas e juristas do
planeta. Um enredo e atuação da envergadura apresentadas que culminou no
inquérito contra o paciente não seria algo fora de seu cotidiano. E
aqui não se quer dizer que atuam ilicitamente cotidianamente, mas sim
que são exímios estrategistas”, diz o advogado. O HC é relatado pelo
ministro Luís Roberto Barroso.

Temer é acusado pela PGR de
incentivar o pagamento de R$ 500 mil ao ex-deputado federal Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) para que não fizesse acordo de delação premiada. O órgão
investigará crime de corrupção passiva e obstrução a investigações por
parte de Temer.

A gravação da conversa foi entregue à PGR pelo
empresário antes de ele fechar delação premiada com o Ministério
Público. As gravações, segundo a PGR, aconteceram no dia 7 de março.
Depois, portanto, que Temer assumiu o mandato de presidente como
titular, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Fachin, relator da “lava jato” no STF, por entender que os crimes
supostamente cometidos pelo presidente ocorreram durante o exercício da função, deferiu o pedido feito por Janot.

Clique aqui para ler a inicial.

HC 144.072

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