domingo, 3 de abril de 2016

Grupo pró-impeachment oferece R$ 1.000 por hostilidade contra Ciro Gomes

Grupo pró-impeachment oferece R$ 1.000 por hostilidade contra Ciro Gomes - 02/04/2016 - Poder - Folha de S.Paulo



Grupo pró-impeachment oferece R$ 1.000 por hostilidade contra Ciro Gomes


Alan Marques/Folhapress
Ciro Gomes durante evento ato de filiação ao PDT na sede do partido com liderança partidárias.
















O Movimento Endireita Brasil, crítico ao governo Dilma Rousseff e ao PT,
publicou na noite de sexta-feira (1º) em sua página em uma rede social
uma oferta de R$ 1.000 a quem hostilizasse o ex-ministro Ciro Gomes
(PDT) no restaurante em que jantava em São Paulo.





No texto, o grupo descreveu o restaurante onde Ciro estava, concluindo:
"Se alguém estiver por perto, hostilize o cara. Mas ele é esquentadinho.
Filmem".





Em resposta, Ciro divulgou um vídeo gravado por seu filho ainda quando estavam no restaurante.





No filmete, um amigo cutuca Ciro, simulando uma hostilização. O
ex-ministro sugere, então, que o movimento pague os R$ 1.000 ao rapaz
que o cutuca. E finaliza: "Seu babaca".







Como a página do movimento afirmava que Ciro consumia um vinho Barolo de
"centenas de reais" durante o jantar, o político fez questão de
responder ainda à mesa. "Barolo é o cacete!".





Ele soube do desafio publicado na rede social ainda durante o jantar.
Conta que estava com três amigos, incluindo seu filho, e ali nasceu a
ideia de gravar o que chama de "deboche".





"Gostaria de esclarecer que eu estava tomando um gim tônica e os outros três dividiram um vinho de R$ 140", disse Ciro.





O político, que foi ministro no governo Lula, tem criticado o processo de impeachment de Dilma.





A postagem provocou repercussão nas redes sociais, incluindo a página do movimento.





Reprodução/Facebook
Pelo Facebook, grupo pró-impeachment de Dilma ofereceu R$ 1.000 por hostilidade contra Ciro Gomes
Pelo Facebook, grupo pró-impeachment de Dilma ofereceu R$ 1.000 por hostilidade contra Ciro Gomes
"Não estamos fazendo nada ilegal. Se quiser hostilizar o Lula, nos
limites da lei, pago também", respondeu o autor da proposta antes de o
post ser retirado do ar.





Presidente do Movimento Endireita Brasil, Ricardo Salles, que já foi
secretário particular do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB),
atribuiu a autoria a um dos associados com autorização para publicação
nas redes sociais em nome do grupo. Segundo ele, essa foi uma
manifestação individual e "fora da média" do movimento.





Salles conta ter telefonado para o associado que assumiu ter lançado o desafio "num rompante, num gesto de indignação".





"Os ânimos estão exacerbados", justificou Salles, afirmando que não houve consequências práticas.





Ele disse ainda que será reduzido o número de associados com direito a falar pelo movimento. Hoje, são cerca de 15.

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