Fundos de Guedes ativos no mercado receberam R$ 227 mi do BNDES e do Previ
FIPs criados pelo ministro também tiveram investimentos de bancos e agências públicas de fomento regionais
Fábio Fabrini
Brasília
Fundos de investimento em participações (FIPs) criados pelo ministro Paulo Guedes (Economia), ainda ativos no mercado, receberam do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) e da Previ, entidade de previdência complementar de funcionários do Banco do Brasil, R$ 227,1 milhões em aportes de dezembro de 2013 a março deste ano.
Guedes deixou a Bozano, gestora desses FIPs, logo após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, no fim de outubro do ano passado. A empresa mudou de nome, passando a se chamar Crescera.
O FIP Semente Criatec II, voltado para investimento em empresas
de tecnologia, recebeu R$ 81 milhões do BNDES e está na etapa de venda
das participações em empresas que foram adquiridas. É quando os cotistas
começam a receber o retorno dos negócios feitos, sejam eles lucrativos
ou não.
O outro FIP, batizado de Bozano Educacional II, cujo foco é em projetos de educação em saúde – incluindo escolas de medicina, um mercado turbinado pelo Programa Mais Médicos –, obteve R$ 68 milhões do BNDES, mas o banco se comprometeu a injetar um total de R$ 120 milhões. Há margem, portanto, para mais aportes.
A instituição explica que, embora se trate de um ativo ainda em fase de investimentos, não há previsão para a transferência de mais recursos, pois “se entende que a carteira de ativos constituída já atende aos objetivos originais”.
O Previ destinou outros R$ 78,1 milhões nesse FIP e se comprometeu com um teto de R$ 100 milhões.
A injeção de recursos em fundos como os constituídos por Guedes passa, primeiro, pela subscrição de cotas, que é quando o investidor se compromete a aplicar determinada quantia. Os aportes efetivos se dão a partir de chamadas de capital feitas pela empresa gestora, até o limite que eles pactuaram investir.
Os dados foram levantados pela Folha a partir de dados solicitados por meio das assessorias de imprensa dos órgãos, consultas a registros da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e pedidos feitos por meio da Lei de Acesso à Informação.
Houve investimentos de outros fundos de pensão, como o Infraprev, da Infraero, que pôs R$ 15 milhões no Bozano Educacional II. Bancos e agências públicas de fomento regionais aportaram recursos no Criatec II. É o caso do BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), que pôs R$ 6,6 milhões; e do Badesul (agência do Rio Grande do Sul), que subscreveu R$ 10 milhões.
Guedes deixou a Bozano, gestora desses FIPs, logo após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, no fim de outubro do ano passado. A empresa mudou de nome, passando a se chamar Crescera.
O outro FIP, batizado de Bozano Educacional II, cujo foco é em projetos de educação em saúde – incluindo escolas de medicina, um mercado turbinado pelo Programa Mais Médicos –, obteve R$ 68 milhões do BNDES, mas o banco se comprometeu a injetar um total de R$ 120 milhões. Há margem, portanto, para mais aportes.
A instituição explica que, embora se trate de um ativo ainda em fase de investimentos, não há previsão para a transferência de mais recursos, pois “se entende que a carteira de ativos constituída já atende aos objetivos originais”.
O Previ destinou outros R$ 78,1 milhões nesse FIP e se comprometeu com um teto de R$ 100 milhões.
A injeção de recursos em fundos como os constituídos por Guedes passa, primeiro, pela subscrição de cotas, que é quando o investidor se compromete a aplicar determinada quantia. Os aportes efetivos se dão a partir de chamadas de capital feitas pela empresa gestora, até o limite que eles pactuaram investir.
Os dados foram levantados pela Folha a partir de dados solicitados por meio das assessorias de imprensa dos órgãos, consultas a registros da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e pedidos feitos por meio da Lei de Acesso à Informação.
Houve investimentos de outros fundos de pensão, como o Infraprev, da Infraero, que pôs R$ 15 milhões no Bozano Educacional II. Bancos e agências públicas de fomento regionais aportaram recursos no Criatec II. É o caso do BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais), que pôs R$ 6,6 milhões; e do Badesul (agência do Rio Grande do Sul), que subscreveu R$ 10 milhões.
Houve também injeção de recursos do Banco de Brasília (BRB), ligado ao governo do DF, e do Banco do Nordeste, controlado pelo governo federal, mas eles não responderam a pedidos de informação da Folha.
O BRB informou que só dados informados pela CVM a respeito são públicos. Diferentemente do BNDES, o Banco do Nordeste alegou que as informações se enquadram nas hipóteses de sigilo previstas em lei, como bancário, fiscal e de operações do mercado de capitais.
O governo de Jair Bolsonaro tem defendido uma política de maior transparência nos bancos públicos, com a abertura de informações sobre investimentos.
O Previ informou que não há previsão de novos aportes no Bozano Educacional II.
O BNDES explicou que a decisão final de investir nos FIPs foi tomada pela diretoria da BNDESPar, braço de participações do banco, com base em avaliações do corpo técnico que levaram em consideração aspectos como a experiência da equipe gestora a tese de investimento e a expectativa de retorno.
“O BNDES também realizou uma diligência nos fundos e efetuou os ajustes necessários para adequar os documentos dos fundos (como, por exemplo, o regulamento) às suas políticas operacionais”, acrescentou.
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