domingo, 30 de março de 2014

Falta de compostura | GGN

Ao criticar Barbosa, Noblat exprimiu uma indignação geral contra a falta de compostura | GGN

  

Marcus Lima



Jamais, em minha sã consciência, eu imaginei que iria defender Joaquim Barbosa.


Não há motivos para fazê-lo, em plano algum. Basta ver sua
verborragia exagerada. Seu julgamento do julgamento de outros juízes,
sua politização de assuntos judiciais, suas grosserias e histrionismo.


Ajudou, junto Gilmar Dantas(mendes), a criar crises entre os poderes,
ao desrespitar os limites que existem entre eles. Porta-se de maneira
indelicada, bruta, enfim. Pode-se disser o que queira dele. Mas dou-lhe
hoje parabéns.


Foi lendo o livro de Nassif, aquele que fala sobre o jornalismo, que
cristalizei em mim aquilo que é uma verdade pós Collor: o jornalismo se
deu conta, com a destituição de Collor, do poder que tinha.


Ao ler o texto de Noblat, me chama a atenção um ponto, ao se referir a Barbosa, afirma: "QUEM ELE PENSA QUE É?"





Pelo mal exercer, pelo mal conduzir, pelo mal portar-se, ainda assim
não se pode negar: é o representante máximo de um dos três poderes da
república.  Nisso, o que me chama a atenção, e destaco tal chamamento,
não está em JB, mas sim em NOBLAT. Quem, ao interpelar desta forma, o
represenante em chefe de um dos poderes da república, o jornalista pensa
que é? Esse é o absurdo que vivemos: o jornalistmo se pondo como
avalizador dos poderes, como um poder aparte, superior, a quem compete
não informar, mas LEGITIMAR OU NÃO, COMO TEM FEITO, OS PODERES DA
REPÚBLICA. Se vivemos uma crise institucional, neste momento, é por um
jornalismo que nos empurra ao facismo exatamente porque move, com unhas e
dentes, uma campanha de descrédito contra as instituições, a política, a
justiça. Se vivemos o que vivemos é porque temos, no jornalismo,
dominado por quatro grandes grupo de mídia e seus interesses, um poder
que não é limitado nunca  pelos demais, pela sacrosanta
liberdade de imprensa,  e que se tornou avaliador legítimo de todos ou
outros. Um poder que constrói e destrói legitimidade, a seu bel prazer. 



Antes de ser cuspido, que ao menos " O Batman de Pindorama"  prove ao criador que nem sempre é possível controlar a criatura.


Rogo, neste momento, é para que o governo Dilma acorde. Rápido. Para
que acordem todos. A criação de um ambiente pesado, o descrédito das
instituições, o estímulo ao povo na rua de forma violenta, e de posições
extremadas, cria ingredientes que pouco se tem lido como deviam.
Criou-se artificilamente, pela insuflação artificial de revolta, pelo
descrédito, pelo estímulo ao " resolva com suas próprias mãos", uma
panela de fervura que indica que articialmente que o páis vive um
péssimo momento, CAOS, CRISE, VIOLÊNCIA, E QUE NÃO HÁ SAÍDA DENTRO DAS
INSTITUIÇÕES, TIDAS COMO PODRES E CORRUPTAS. Cava-se, inclusive com a
construção e erosão rápida de figuras como o "Batman de toga ",
combustível para sim, um golpe. Enquanto isso, os poderes todos dormem,
enquanto são erodidos. Quando acordaremos? Quando o governo Dilma
acordará, tão invertebrado que anda, sempre sem reagir a erosão
continuada das instituições, no imaginário popular?

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