sábado, 15 de abril de 2017

Ah, Fernando Henrique, como são feios os pés do pavão....

Ah, Fernando Henrique, como são feios os pés do pavão.... - TIJOLAÇO |



Ah, Fernando Henrique, como são feios os pés do pavão….

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É quase certo que não vá dar em nada a investigação – se houver –
sobre o “pagamento de vantagens indevidas, não contabilizadas, no âmbito
da campanha eleitoral de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da
República, nos anos de 1993 e 1997”, delatadas pelo empreiteiro Emílio
Odebrecht.


Vai para Justiça de São Paulo – é preciso fazer comentários – e não custa para ser descartada na conta da prescrição.


Seja como for, não há punição maior para Fernando Henrique,  nada que
lhe doa mais do ter de recolher a sua plumagem de pavão, com que
voltou, desde a crise do governo petista, a exibir, como sendo o
pró-homem da República.


Passou anos jururu, como o homem mais detestado do Brasil pelo que
fez a este país e agora gozava, incontido, do retorno da vaidade. Nem os
do golpe que atiçou escapavam: “pinguela é o que temos”, disse de
Michel Temer.


Nada foi adiante em seus tempos – onde o procurador era o engavetador
geral da República – e, a esta altura, poucos remédios legais ainda não
perderam a validade.


Mas agora, depois de ter endeusado as delações e os delatores, como
se não soubesse como funciona a fábrica de salsichas da política, vê-se
salpicado pelas memórias de um velho empreiteiro decadente.


Horas antes de ser atingido pela lama ainda arrogava-se candidato a “reconstruir uma base moral para o país”.


A esta altura da vida que maculou ao trair o que dizia e mandar que
esquecessem o que escrevera, a condenação mais merecida à qual Fernando
Henrique deve voltar é aquela da qual queria se libertar: a condenação
ao ostracismo.

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