Marcelo esqueceu: R$ 50 milhões a Cunha, contra Dilma
Começam a aparecer os sinais de que a Odebrecht se meteu numa
conspiração com a turma do PMDB, capitaneada por Michel Temer e Eduardo
Cunha, para detonar a autoridade política de Dilma Rousseff na
presidência.
Fica-se sabendo, por uma pequena nota no Valor,
de uma pequena pérola de R$ 50 milhões , não mencionados por Marcelo
Odebrecht, dados pela empreiteira a Eduardo Cunha para que comprasse
apoio para minar a posição de Dilma Rousseff, contrária à entrada de
Furnas no negócio da Hidrelétrica do Jirau, em Rondônia, em 2009.
““Doutor Marcelo [Odebrecht] me deu o número de R$ 50 milhões para eu
colocar na mesa como oferecimento ao doutor deputado Eduardo Cunha para
que ele, com esse dinheiro, buscasse o apoio político a critério dele,
buscasse distribuir de tal forma que obtivesse o apoio político
necessário para neutralizar esta ação, principalmente da Casa Civil”,
disse o o ex-presidente da Odebrecht Energia, Henrique Valladares, em
sua delação premiada.
A Casa Civil, à época, era comandada por Dilma Rousseff.
Repare bem, a Odebrecht pagaria (ou pagou) a Eduardo Cunha R$ 50 milhões para sabotar a posição de Dilma Rousseff.
Isso é coisa de quem é “amigo” da ex-presidente? Ou de quem acertava
negócios às suas costas e, depois, no máxim, saía pela tangente, como no
caso do contrato com a Petrobras que ele narrou ontem, curiosamente o
mesmo que motivou a reunião, presidida por Temer, para o achaque de US$ 40 milhões (R$126 milhões).
Juntem as histórias, senhoras e senhores, e vejam porque Graça Foster
e Dilma Rousseff estavam de cabelo em pé com os boatos e qual a razão
de Odebrecht
ter mandado fazer chegar aos ouvidos de Michel Temer que a
ex-presidenta estava querendo saber se seu vice “metera a mão”?
Não nego a possibilidade de que alguém do PT, como disse Odebrecht,
tenha entrado no negócio e, amadores como são perto da turma do PMDB,
tenham levado alguma “merreca” – Odebrecht não menciona o valor – para
entrar na lambança e ficar enlameado.
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