sábado, 22 de abril de 2017

Banditismo político

Quem são os chefes do maior esquema de banditismo político da história brasileira? - O Cafezinho



Quem são os chefes do maior esquema de banditismo político da história brasileira?

Escrito por
O Jornal O Globo publicou
hoje, dia 22 de abril, o editorial mais bandido já escrito na história
do Brasil, e olha que a disputa é acirrada!


O Brasil terá de escolher: ou Estado de Direito e democracia, ou a Globo.


Vamos responder ponto por ponto! Nosso texto vem entre colchetes e em negrito.


***


No Globo


Cerco de depoimentos confirma Lula como o chefe


O tamanho do petrolão mostrou que era impossível o então presidente não saber do esquema


[O título do editorial é criminoso. E o próprio subtítulo o
prova. O “tamanho” de um suposto crime jamais foi prova de culpabilidade
de alguém, ainda mais se tratando de corrupção. Não tem sentido, aliás.
Lula era o chefe das roubalheiras de Aécio? Lula comandava Eduardo
Cunha? Lula esteve à frente da corrupção nas obras de metrô em São
Paulo? Lula era o chefe oculto da “sociedade privada” de Odebrecht e
Globo para fazer lobby no setor de petróleo e telecomunicações? A
asserção não tem lógica, mas isso não parece importar para os chefes do
banditismo político no Brasil: a família Marinho.]



POR O GLOBO 22/04/2017 3:00 / atualizado 22/04/2017 8:06


No escândalo do mensalão, denunciado em 2005, faltou uma peça, o
chefe do esquema. No encaminhamento das denúncias pelo MP contra aquela
“organização criminosa”, o ex-ministro José Dirceu parecia caminhar para
este patíbulo, em silêncio como disciplinado militante, mas, em
julgamento de recurso, a responsabilidade de ser o capo do esquema lhe
foi tirada, e o espaço ficou vago. Mas apenas nos autos processuais,
porque nunca fez sentido tudo aquilo acontecer sem a aprovação e o
acompanhamento de alguém centralizador e vertical como Luiz Inácio Lula
da Silva.


[O Globo inicia o editorial mencionando o “escândalo do
mensalão”, que era, antes da Lava Jato, a maior farsa judicial da nossa
história. O fato de nunca ter sido provado nada nem contra Dirceu nem
contra Lula é ignorado pelo Globo. Entretanto, para não sermos injustos,
cumpre alinhar, ao lado da família Marinho, o banditismo político de
vários ministros do STF, que se venderam sem pudor para a Globo, como é o
caso do ex-ministro Ayres Brito. Brito, antes mesmo de abandonar –
covardemente – o cargo de ministro do STF, assinou prefácio do livro de
Merval Pereira. Fora do STF, aninhou-se no colo do grupo Globo,
assumindo uma sinecura no instituto Innovare, que é uma das maneiras
pelas quais a família mais rica do país, representante dos setores mais
desonestos, reacionários e antinacionais do capitalismo brasileiro,
corrompe o judiciário. O outro meio de corromper o judiciário, tão
eficiente quanto, é a intimidação.]



O surgimento do petrolão — construído paralelamente ao mensalão, com
muitos zeros a mais — foi a estridente evidência de que Lula não podia
desconhecer aquilo tudo. A leitura benevolente do mensalão era que
desfalques no Banco do Brasil, dados pelo militante Henrique Pizzolato,
mancomunado com Marcos Valério, se justificavam pela “causa”. O partido
tinha um projeto de poder longevo, para “acabar com a pobreza e a
miséria”. Não serve de atenuante na Justiça criminal, mas aliviava a
culpa moral de petistas, com injeções de ideologia.


[É impressionante como não há preocupação sequer em construir
uma sintaxe correta e coerente. Confiram a primeira sentença do trecho
acima: “o surgimento do petrolão (…) foi a estridente evidência de que
Lula não podia desconhecer aquilo tudo”. Qual o sentido disso? O sujeito
não tem relação lógica com o predicado. Qual o sujeito de “estridente
evidência”? O “surgimento do petrolão”. Todos os delatores afirmaram,
reiteradamente, que a corrupção das empreiteiras teve início há muitas
décadas. Emilio Odebrecht especificou que a influência de suas empresas
junto ao governo atingiu o auge no governo FHC, quando ele montou,
juntamente com a Globo, uma “sociedade privada” para fazer lobby federal
nos setores de telecomunicações e petróleo. Ora, este lobby incluiu o
financiamento político de parlamentares submissos a esses interesses. Se
houve um “petrolão” – e esse termo é apenas uma tentativa ridícula de
politizar e partidarizar o combate à corrupção – ele começou aí, e não
com Lula. A menção a Pizzolato, por sua vez, comprova o erro do PT de
“deixar passar” a farsa da Ação Penal 470. Até hoje nem Banco do Brasil
nem o Visanet pediram restituição de nenhum desfalque dado por
Pizzolato, pelo simples fato de que não houve nenhum. E se tivesse
havido, não seria responsabilidade de Pizzolato, que não tinha
autoridade nenhuma, dentro do BB, para fazer qualquer tipo de
movimentação financeira. Essa é uma das mentiras centrais do
“mensalão”.]



O enredo, porém, não fechava. Dirceu voava em jatinhos particulares,
morava em condomínio de alto padrão. E este lado “burguês” do
lulopetismo — já detectado por Golbery do Couto e Silva, na década de
70, segundo Emílio Odebrecht — precisava ser custeado.


[O ridículo não tem limites. Dirceu voava em jatinhos
fretados ou emprestados. Ele não era dono de nenhum jatinho. A Globo
omite, com objetivo puramente semiótico, que alugar um táxi aéreo não é
privilégio de milionários. Executivos, empresários, políticos e até
juízes, andam de “jatinho” para lá e para cá, sem que ninguém os
incrimine por isso. Os donos da Globo sempre viveram de dinheiro
público, e de esquemas políticos sujos, e acumularam bilhões de reais
com estes esquemas – que permanecem mais ativos hoje do que nunca – com
os quais podem comprar aviões e viajar para onde quiserem. Quanto ao
lado “burguês” do lulopetismo – termo carregado de preconceito político –
vindo da década de 70, aí estamos de um caso de ficção científica. Se o
PT foi criado nos anos 80, é difícil compreender como o seu “lado
burguês” possa ter sido “detectado na década de 70”. De qualquer forma, é
interessante notar a quem os Marinho atribuem autoridade moral para
falar do “lulopetismo”: a Golbery do Couto e Silva, um dos ideólogos do
regime militar, e nas palavras do plutocrata Emílio Odebrecht… De resto,
é impressionante a magnitude do baixo e vulgar preconceito, vindo dos
0,01% mais ricos do país, contra os representantes políticos da classe
trabalhadora, a quem se exige não apenas o voto de pobreza, mas que,
aparentemente, não andem jamais de avião.]



Ficou, então, tudo misturado: dinheiro surrupiado de estatais
aparelhadas por companheiros, e drenado por meio de conhecidas
empreiteiras e seus contratos superfaturados, parte para campanhas
petistas e de aliados, parte desviada para bolsos privados de
comissários. A “causa” continuava presente — era preciso manter uma
grande bancada no Congresso, como já conseguira a Arena/PDS na década de
70, para sustentar a ditadura com fachada de democracia representativa.
Mas, desta vez, havia Lula de ego nas alturas, chamado de “o cara” por
Obama, com o desejo de ter sítio em Atibaia, tríplex no Guarujá, um
instituto para ajudar países subdesenvolvidos a superar a pobreza,
também uma adega bem abastecida etc.


[Mentira: as estatais não foram “aparelhadas” por
“companheiros”. Isso está acontecendo agora, sob o governo Temer. Os
governos Lula/Dilma nomearam quadros técnicos e competentes – mas
sobretudo nacionalistas – para gerir a Petrobrás, a Caixa, o Banco do
Brasil, o BNDES. Sob o governo Temer, que é um governo marionete da
Globo, as estatais estão sendo todas destruídas, a toque de caixa. O
BNDES “devolveu” R$ 100 bilhões ao Tesouro, ou seja, pegou dinheiro que
poderia ser usado em infra-estrutura e servir à recuperação econômica,
para enterrá-lo no buraco sem fundo dos juros. As acusações da Globo são
todas irresponsáveis, baseadas em exageros retóricos e preconceitos
ideológicos. À mentira se junta o cinismo. A menção à Arena/PSD, os
partidos apoiados pela Globo na década de 70, é inacreditável. O que
isso tem a ver com o “lulopetismo”? Daí o editorial mergulha no
preconceito puro e simples, fazendo um julgamento moral e subjetivo do
ex-presidente Lula, com base numa falácia: “desejo de ter sítio em
Atibaia, triplex no Guarujá, um instituto para ajudar países
subdesenvolvidos e… uma adega bem abastecido”. Nenhum desses desejos são
crimes. Ao contrário, me parecem bastante saudáveis. É muito melhor do
que o desejo de monopolizar o setor de comunicação social e transformar o
Brasil numa grande república de banana, sem preocupação com sua própria
população, quanto mais com os pobres do mundo.]



O efeito da videoteca das delações da Odebrecht e da decisão de Léo
Pinheiro, da OAS, construtora do prédio do tríplex, de fazer delação
premiada na Lava-Jato, foi desmontar o jogo de espelhos que Lula,
advogados e militância manipulada ainda tentam jogar, e continuarão
insistindo. Só fé de religioso sectário para continuar a acreditar.
Virou, há tempos, questão de dogma.


[A Globo, assim como os delinquentes responsáveis por
conduzir a Lava Jato, descrita há pouco por Luigi Ferrajoli como um
instrumento de Inquisição, pendura toda a sua fúria acusatória nas
delações dos executivos torturados da Odebrecht. É preciso insistir
nesse ponto: a Lava Jato praticou tortura, e deve ser responsabilizada
por isso. Todo o modus operandi da Lava Jato se caracterizou por um
partidarismo, que não é precisamente “tucano”, mas sobretudo
“antipetista” e, fica cada vez mais claro, um partidarismo golpista.
Quanto à expressão “só fé de religioso sectário para acreditar”
representa um profundo desrespeito aos maiores intelectuais do país, que
continuam acreditando, sim, em Lula, porque sabem que ele é vítima de
uma odiosa perseguição midiático-judicial. A Globo, cria da ditadura,
não aprendeu a respeitar a diversidade de opiniões, o que é
característica de mafiosos, não de uma imprensa democrática! A postura
da Globo, ela sim, é sectária. Mais que sectária: fascista. Ao negar
qualquer tipo de dignidade política aos que acreditam em Lula, vencedor
nas urnas por quatro vezes consecutivas, e ainda líder nas pesquisas
para 2018, a Globo incita o ódio político e chancela essa repugnante e
crescente onda fascista que anda varrendo a sociedade brasileira. ]



Lula tem quase nada em seu nome. Usufrui do patrimônio de amigos e
compadres, o advogado Roberto Teixeira o principal deles. A quem Lula
indicou para a Odebrecht, a fim de idealizar uma fraude contratual com a
finalidade de esconder que a empreiteira gastara bem mais que R$ 500
mil, o orçamento inicial, na reforma do sítio de Atibaia, a pedido da
ainda primeira-dama Marisa Letícia, segundo delação da empreiteira.


O GLOBO revelou o tríplex do Guarujá em 2010. Veio uma contínua
avalanche de desmentidos, alguns arrogantes e agressivos. Mesmo com o
vídeo em que Léo Pinheiro mostrava o imóvel ao ainda presidente da
República. O casal Luiz Inácio e Marisa pediu obras, devidamente
executadas. Depois, foi dito que a OAS era a real proprietária do
imóvel.


Na verdade, era mesmo de Lula e família, acaba de confirmar Léo
Pinheiro, perante o juiz Sérgio Moro. E também coube à OAS parte da
reforma do sítio em Atibaia, executada, em maior proporção, pela
Odebrecht. As cozinhas modeladas do sítio e do tríplex do Guarujá foram
compradas no mesmo lugar.


[O trecho acima começa dizendo que “Lula nada tem em seu
nome”, como se isso fosse a prova de sua culpa. É a inversão total dos
valores. Marisa Letícia faleceu sem ter dormido uma única vez no maldito
triplex do Guarujá. Que espécie de propina é essa? O fantasma de Marisa
Letícia herdará o triplex de Guarujá? Lula tem mais de 70 anos. Digamos
que, daqui a uns dez ou vinte anos, ele morrerá também, igualmente sem
ter dormido uma mísera noite em sua vida no “triplex” de Guarujá. Que
raios de propina é essa paga ao “chefe” do “maior esquema de corrupção
do mundo”. Ora, a Globo vende uma ridícula falácia, baseada numa
operação liderada por um juiz profundamente desonesto, golpista e
partidário. A delação de Leo Pinheiro é um caso exemplar de manipulação
judicial com objetivo político. Se um dia o Brasil voltar a ser uma
democracia, uma operação como essa motivaria a cadeia de todos os
procuradores, juízes e delegados envolvidos nessa farsa odiosa!]



Tanto a empreiteira multinacional Odebrecht quanto a OAS, ambas
fundadas na Bahia, utilizaram o mesmo sistema contábil: o custo de
reformas em imóveis para Lula e outras despesas pessoais dele foram
debitadas de propinas arrecadadas em estatais, por meio de contratos
superfaturados. Ou seja, dinheiro público também elevando o padrão de
vida de Lula, família e outros lulopetistas, por certo.


[Que coisa ridícula! Até um vereador de cidade pequena, se
corrupto, receberia “propinas” maiores do que isso. A Globo diz que o
objetivo era elevar “o padrão de vida de Lula, família e outros
lulopetistas, por certo”. A própria linguagem é preconceituosa “por
certo”, ao fazer acusações genéricas à família e a correligionários.
Como uma empresa de comunicação pode ser tão canalha?]



Os depoimentos que foram divulgados nos últimos dias da Odebrecht e
agora de Léo Pinheiro não surpreendem pelos fatos em si, muitos deles já
ventilados, mas pela dimensão do esquema, pela riqueza de detalhes
sórdidos na forma como os governos Lula e Dilma foram corrompidos e
também corromperam. Não há inocentes na história. Seja em nome da
“causa” ou da boa vida.


[Sim, é impressionante a “dimensão do esquema”, mas não da
Lava Jato e seus exageros, tanto em números quanto retóricos. A dimensão
desse golpe é que é assustadora. Enquanto o Congresso tenta aprovar, a
toque de caixa, com o apoio histérico da Globo, a destruição de uma
série de direitos sociais, enquanto todo o patrimônio público vai sendo
desmontado pelos “companheiros” do golpe alocados na presidência das
estatais, a Globo e a Lava Jato desviam a opinião pública para
intermináveis delações, vazadas criminosamente, em alguns casos vazadas à
Globo antes mesmo de acontecer!]



O desnudamento de Lula em carne e osso, em praça pública, com os
pecados da baixa política brasileira, parece apenas começar. Afinal, não
se pode admitir que tudo o que foi falado até agora por Marcelo, Emílio
Odebrecht e seus executivos, sobre o toma lá dá de cá com o presidente e
ex-presidente, não tenha sustentação em provas documentais. O mesmo
vale para Léo Pinheiro. Empreiteiros não só sabem fazer contas, como são
precavidos. Mas os simples testemunhos já são arrasadores.


[Como assim, sustentação em provas documentais? Emilio
Odebrecht apresentará provas de sua “sociedade privada” com a Globo,
criada para fazer lobby político nos setores de telecomunicações e
petróleo, incluindo o financiamento de campanhas políticas? Como uma
concessão pública de TV pode formar “lobby” com uma empreiteira? Isso
não é crime? ]



Outra grave ameaça a Lula é o depoimento de Léo Pinheiro de que o
ainda presidente mandou-o eliminar provas de remessas de dinheiro ilegal
para João Vaccari, tesoureiro do PT, há algum tempo na carceragem de
Curitiba. Será a segunda denúncia de tentativa de obstrução da Justiça,
depois da sua participação, segundo Delcídio Amaral, na manobra para
calar Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, um dos dutos do desvio de
dinheiro da estatal para o lulopetismo e aliados.


[Essa do Leo Pinheiro, de que Lula o mandou “eliminar provas”
é o cúmulo da sordidez, e seria até engraçado não fossem tão trágicas
as suas consequências. Ora, primeiro a Globo fala que as delações serão
acompanhadas de provas Em seguida, diz que os delatores, sob ordens de
Lula, destruíram as provas. Nada faz sentido. A troco de que um
empreiteiro destruiria provas a mando de Lula? Quanto à acusação de
Delcídio Amaral, ela nunca foi provada. Nem será jamais. Delcídio foi
preso dentro da conspiração golpista, que precisava assustar o Senado. A
prisão de Delcídio foi ilegal, em primeiro lugar. Mas a sua prisão
tinha uma função essencial no golpe: que era justamente forçar Delcídio a
externar algum tipo de acusação contra Lula. O fato de Delcídio não
apresentar nenhuma prova de sua acusação não tem importância: ele foi
solto. E será preso de novo se negar a história. Ou seja, a ladainha da
Globo sobre “provas documentais” é totalmente negada pelo histórico da
Lava Jato, pelo menos se tratando de Lula. ]



Completando o cerco a Lula, há o ex-ministro Antonio Palocci, também
preso em Curitiba, e que estaria negociando um acordo de delação
premiada. Seria uma espécie de mãe de todas as delações. Ou uma dessas
mães. Foi ministro da Fazenda de Lula, homem de confiança do
ex-presidente, escalado por ele para tentar gerenciar a imprevisível
Dilma Rousseff. Mas as “consultorias” de Palloci o derrubaram.


[Sim, Sergio Moro mantém Palocci sob tortura, com objetivo de
fazê-lo delatar Lula e ajudar o golpe. A “delação premiada” é a arma
máxima desse monstro de três cabeças que assumiu o poder político de
fato no país. É tudo relativamente fácil. Prenda-se a pessoa até que ela
concorde em dizer exatamente o que você quer ouvir. Luigi Ferrajoli
chamou a Lava Jato, justamente por esse tipo de comportamento, de
“Inquisição”. ]



Importante é que Palocci surge nas delações da Odebrecht como
homem-chave no relacionamento financeiro entre a empreiteira e o
ex-presidente. Gratos, os Odebrecht abriram um crédito de R$ 40 milhões
para Lula, a serem movimentados por meio de Palocci. Assim, seu cacife
aumentou bastante como arquivo de preciosas informações. Mas nada
garante que as fornecerá, mesmo que esteja sendo insinuado pelo
lulopetismo, como forma de salvar o chefe, que o ex-ministro embolsou
dinheiro pedido em nome de Lula.


[O crédito para “Lula”, se é que existiu, era uma
determinação da Odebrecht, não de Lula ou do PT. O próprio Palocci já
deixou isso bem claro em seu mais recente depoimento a Sergio Moro. Mas
nada disso vem ao caso. O que a Globo/Lava Jato querem é que Palocci
incrimine Lula de alguma maneira, de maneira a ajudar os golpistas a
eliminarem Lula da disputa presidencial de 2018.]



Emerge desta história a constatação de que os projetos de poder e
pessoais do PT e de outros partidos esbarraram em instituições que
continuam a funcionar por sobre a maior crise econômica do Brasil
República, com sérios desdobramentos políticos. Incluindo um
impeachment, justificado pelo atropelamento voluntarioso da Lei de
Responsabilidade Fiscal, de mesma inspiração ideológica do aparelhamento
de estatais e assaltos realizados em associação com empresários
privados. A ordem jurídica se fortalece.


[A Globo termina seu furibundo editorial com uma
previsível defesa do impeachment da presidenta Dilma, além de um elogio
contraditório às instituições. Ora, se vivemos “a maior crise econômica
do Brasil República”, isso se dá justamente pelo mal funcionamento das
instituições, que se rebelaram contra o jogo democrático e decidiram
intervir na soberania popular, produzindo o mais doloroso e terrível
caos político e econômico da nossa história. Como sairemos dessa
bagunça, ninguém sabe. E se a moda agora é usar hipérboles, então
podemos finalizar essa resposta afirmando que a democracia brasileira
foi envenenada pelo maior esquema de banditismo político da nossa
história. O chefe disso não é Lula, e a prova é que Lula não tem mais
poder político e nunca teve poder financeiro. As únicas acusações que se
fazem a Lula é de possuir um apartamento vagabundo numa área popular de
Guarujá e um sítio, minúsculo, fulero, no interior de São Paulo. De
outro lado, temos uma família que construiu a sua fortuna sobre os
escombros da democracia brasileira, e que se tornou a mais rica do país?
Quem tem mais cara de “chefe”? ]

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