domingo, 25 de maio de 2014

Cantanhêde mostra aonde a direita sente o golpe

Cantanhêde mostra aonde a direita sente o golpe | TIJOLAÇO | 


Cantanhêde mostra aonde a direita sente o golpe

25 de maio de 2014 | 11:17 Autor: Fernando Brito
Os marqueteiros do PT,que focam sempre no desejo individual de
progresso (e o desejo existe, é natural, forte e bom), deveriam atentar
para a coluna de hoje de Eliane Catanhêde, a mais perfeita tradução do tucanismo jornalístico.


Tal como aconteceu, semana passada, quando antecipou a subida de
Dilma nas pesquisas, Catanhêde  -  muito bem informada sobre as análises
de pesquisas feitas pelo conservadorismo – revela hoje o que doeu entre
os tucanos a mudança de postura do Governo.


“Aécio e Eduardo Campos vinham bem quando o debate (ou o
“terreno”) era Petrobras, crise ética, crescimento baixo, inflação alta,
o preço do tomate. Mas Dilma, que patinava, deu uma guinada e puxou
tucanos e pessebistas para o campo social. Este é o forte do PT e de
Lula e a única área que salva o discurso de Dilma.



Com a CPI da Petrobras no Senado enterrada e a CPI mista
natimorta, lá se foram vários cartuchos da oposição. E os novos anúncios
do governo -aumento do Bolsa Família, correção da tabela do IR,
investimentos em saneamento básico- reforçaram a munição de Dilma. O
anúncio do medo e dos fantasmas fez a liga.



É verdade que as pessoas votam pensando em se dar bem, mas os
interesses meramente pessoais não anulam o imaginário coletivo. Explico:
as menores faixas de renda querem Bolsas; as classes médias querem
emprego, renda e status; as mais remuneradas querem privilégios; as
ricas querem ficar mais ricas. E todas querem segurança etc. Mas há
mensagens que perpassam todas elas.



Exemplo? A fofoca de que os tucanos privatizariam a Petrobras.
Isso não atingia diretamente o interesse de quase nenhum eleitor e de
nenhuma faixa de renda e de escolaridade, mas fez um corte transversal
por todas.”



Este tal “corte transversal” poderia atender pelo nome de
“nacionalismo”. Ou, mais bem traduzido, termos um projeto nacional ou um
projeto colonial, aquele em que somos um paíseco e precisamos que os
“iluminados” venham nos salvar.


Claro que, pela sua gentileza, levam-nos as calças.


A colunista da “massa cheirosa” mostra, insuspeita, que o divisor de
águas essencial nas eleições é e será, nesta e em muitas eleições, o
desejo e o direito dos brasileiros de terem um país.


O que estão devendo aos brasileiros mais ou menos aí por uns 514 anos…

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