segunda-feira, 26 de maio de 2014

“Quem se sente responsável não aponta o dedo”, diz Luiza Trajano | Brasil 24/7

“Quem se sente responsável não aponta o dedo”, diz Luiza Trajano | Brasil 24/7



247 – Sem medo de se mostrar a favor da política
econômica da presidente Dilma Rousseff, a empresária Luiza Helena
Trajano mandou um recado bastante irônico a seus colegas que têm
criticado o governo. "Está tão ruim? Então vende o negócio e muda de
país", disse ela em entrevista ao jornal Zero Hora, do Rio Grande do
Sul. "Trabalha aqui, ganha dinheiro aqui e acha que está tudo ruim? O
Brasil é nosso, não adianta em reclamar de mim mesma", completou.


A empresária que pilota uma das maiores redes de vendas de
eletrodomésticos do País defendeu o que classificou como "otimismo
participativo". Luiza acrescentou que os empresários deveriam fazer mais
e reclamar menos. "Não adianta eu reclamar de mim mesma", frisou. "À
medida que eu estou reclamando do país, eu estou reclamando de mim. O
que eu posso fazer para ajudar? Quem se sente responsável não aponta
dedo".


Para sustentar seu discurso a favor, a empresária fez comparações com
a situação econômica de outros países. "O país passou por uma crise
global (2008) quase ileso. Afetou todo mundo e nós não sentimos",
acentuou. "Dia desses recebi um empresário espanhol que me contou que os
jovens na Espanha não têm emprego. E nossos jovens têm. Há coisas para
melhorar, mas só nós conseguiremos isso. A renda triplicou em 10 anos".


Ela comentou a polêmica travada com o colunista Diego Mainardi, do
programa Manhatan Conection, na qual ele apontou que existiria uma alta
da inadimplência no comércio, enquanto a presidente do Magazine Luiza
sustentou o contrário.


"Na semana seguinte foram divulgados dados mostrando que o país
estava com os índices mais baixos de inadimplência", lembrou. "E
continua em queda prosseguiu. A prova disso é que os bancos têm aprovado
mais crédito".


Citando dados na ponta da língua, a empresária defendeu o atual
modelo que procura preservar o poder de consumo e, ao mesmo tempo, fazer
frente aos problemas de infraestrutura. "No Brasil, só 54% da população
tem máquina de lavar, só 10% tem televisão de tela plana e só 1% tem
ar-condicionado. E ainda precisamos construir 23 milhões de casas para
ter um nível satisfatório de igualdade social para um país em
desenvolvimento". Para ela, "nenhuma indústria vive sem consumo". E mais
uma vez fez uma comparação. "Nos Estados Unidos, as pessoas já estão na
oitava geração de TVs de tela plana. Aqui, a gente ainda precisa de uns
20 anos de progresso".

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