A vergonha meganho-midiática: acervo de FHC é “cultura”, o de Lula é “mão grande”
O cinismo no Brasil passou de todos os limites.
O acervo presidencial de Lula, que não tem coisa alguma a ver com a
Lava Jato, está sendo objeto de investigação dos meganhas de Sérgio
Moro.
Que vazam para a imprensa as imagens de prêmios, comendas e presentes
recebidos por ele como se tivessem sido “afanados” do Palácio.
Porque será que os editores dos jornais não se interessam em fazer o
óbvio, indagar se isso é uma regra, normal, ex-presidente ficarem com
objetos ganhos, exceto aqueles recebidos em cerimônia de troca de
presentes, como diz a lei?
Não precisa muito. É só ir no site do Instituto Fernando Henrique Cardoso e ler, no final da página:
“Aproximadamente 1.500 objetos preciosos ou curiosos
testemunham as homenagens que lhe foram prestadas por populares e
autoridades nacionais e estrangeiras. E cerca de 100 condecorações e 17
prêmios contam a história das honrarias a ele concedidas dentro e fora
do país.
Colecionei aí em cima algumas imagens do acervo que,testemunham as homenagens que lhe foram prestadas por populares e
autoridades nacionais e estrangeiras. E cerca de 100 condecorações e 17
prêmios contam a história das honrarias a ele concedidas dentro e fora
do país.
evidentemente, desmontam a cascata de que tudo o que for acima de R$
100 não pode ser acervo pessoal, que está circulando aí. É que a regra,
que o próprio FHC baixou, é de Ministro de Estado para baixo. Para
Presidente, vale a lei 8.394, que só retira do acervo pessoal o que é
recebido em toca de presentes em viagens diplomáticas, não o que é
recebido.
Achou errado? Reclame com FHC que fez o decreto que exclui presidente da regra.
São centenas de objetos e não há problema algum. Sua guarda, foi,
inicialmente, bancada pela iniciativa privada, como o IFHC foi eé
bancado por doações de empresas, muitas delas as empreiteiras envolvidas
na Lava Jato.
Mas o cinismo da meganhagem vazadora e da imprensa não permite que
façam o que um mero blog faz, sem que eu saia da cadeira ou sequer dê um
telefonema. Estão lá, no acervo de FHC, aliás montado com dinheiro
público, 281 objetos – e não sei se estão todos catalogados lá.
Então, adota-se a odiosa máxima: “branco correndo é atleta, preto correndo é ladrão”.
O acervo de FHC é cultura, o de Lula é “mão grande”.
Não, senhores, quem é desonesto é quem produz uma manipulação destas: na polícia, na Justiça e na imprensa.
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