domingo, 13 de março de 2016

Rede Globo mente e censura defesa de Lula

Rede Globo mente e censura defesa de Lula – O Cafezinho




Rede Globo mente e censura defesa de Lula



no Instituto Lula




O Jornal Nacional da Rede Globo mentiu na edição deste sábado, e isto não surpreende.




A VERDADE: A reportagem do
Jornal Nacional NÃO PROCUROU  a assessoria do Instituto Lula, na
quinta-feira (10 de março) para comentar  a denúncia dos procuradores do
MP de São Paulo contra o ex-presidente LULA.





A MENTIRA:  A mensagem de
e-mail exibida no Jornal Nacional deste sábado é de um repórter da
GloboNews, e não do JN ou de qualquer outra redação da REDE GLOBO. 





A PROVA DA MENTIRA:




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Ao reproduzir parcialmente o
e-mail deste jornalista, a REDE GLOBO apagou deliberadamente o logotipo
da GLOBONEWS, para enganar o público.





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Os contatos entre a assessoria de Imprensa do Instituto Lula e a redação do Jornal Nacional sempre foram feitos diretamente. 




É degradante que a REDE GLOBO
utilize o nome de um profissional da Globo News para montar a farsa que
foi ao ar no JN deste sábado.





O mesmo vale para as
mensagens enviadas à assessoria de imprensa dos advogados de Lula, e que
não mencionavam reportagem no Jornal Nacional sobre a denúncia do MP. 





O que o Jornal Nacional
tentou fazer na edição deste sábado foi lançar uma cortina de fumaça
sobre as mentiras e gravíssimos erros cometidos na edição de
quinta-feira.





2) Os advogados do
ex-presidente Lula preparam as medidas judiciais cabíveis diante da
recusa da REDE GLOBO  em atender ao Direito de Resposta e para reparar
as novas ofensas dirigidas neste sábado ao ex-presidente Lula.





3) A solicitação de Direito
de Resposta do ex-presidente Lula foi feita nos termos da lei,
tempestivamente, como se pode confirmar na carta dos advogados, que está
anexada a esta nota.





A reportagem de quinta-feira é
parcial e caluniosa porque, ao longo de 9 minutos de reportagem, o
ex-presidente Lula foi acusado 18 vezes (sem fundamento e sem resposta)
pela prática de 10 diferentes crimes, foi alvo de 9 ofensas e 2
calúnias, a mais grave e desrespeitosa, quando o repórter comparou Lula a
um traficante de drogas, calúnia que extrapola até mesmo as leviandades
contidas nos autos da denúncia.





4) O texto de resposta do
ex-presidente Lula à Rede Globo não tem ironias nem se alonga em
comentários críticos ao jornalismo da Rede Globo, como alegou a emissora
para censurá-lo. 





O texto tem 950 palavras. Na
reportagem de 10 de março, o apresentador Willian Bonner, o repórter
José Roberto Burnier e os promotores José Carlos Blat e Cássio Conserino
utilizaram 1.085 palavras para -- sem provas e sem defesa – ofender,
difamar e caluniar o ex-presidente, sem qualquer respeito ao equilíbrio
jornalístico.





 O que Lula aponta na
resposta censurada é a parcialidade do Jornal Nacional – veiculado por
uma concessionária de serviço público – que não respeitou nem seus
direitos nem o direito do público à informação correta.





O que a Rede Globo chamou neste sábado de “ironias” são as duras verdades que a emissora se recusa a ouvir.




5) A truculenta reação da
REDE GLOBO a uma solicitação de Direito de Resposta, apresentada nos
termos da Lei, expõe mais uma vez a extrema dificuldade desta emissora
em lidar com os princípios democráticos que norteiam a liberdade de
imprensa, e que deveriam ser observados com rigor numa CONCESSIONÁRIA DE
SERVIÇO PÚBLICO.





Entre estes princípios estão o
equilíbrio editorial,  o respeito ao contraditório, o rigor na
apuração, o juízo imparcial da notícia e a serena humildade diante dos
fatos.





Na parte de sua resposta que
foi censurada, Lula recorda que a REDE GLOBO levou 30 anos para pedir
desculpas ao povo brasileiro por ter apoiado o golpe 64, praticando um
jornalismo de um lado só ao longo de duas décadas.





O jornalismo arrogante, de um
lado só, voltou às telas do Jornal Nacional neste sábado, por meio de
um dos porta-vozes daqueles tempos sombrios. Esta é uma noite para
lembrar que as ditaduras, sejam as políticas, sejam as midiáticas, cedo
ou tarde chegam ao fim.





LEIA AQUI A RESPOSTA DO EX-PRESIDENTE LULA AO JORNAL NACIONAL:




“Eu, Luiz Inácio Lula da
Silva, e minha mulher, Marisa Letícia, não somos e nunca fomos donos de
nenhum apartamento tríplex no Guarujá nem em qualquer outro lugar do
litoral brasileiro.





Meu patrimônio imobiliário hoje é exatamente o mesmo que eu tinha ao assumir a presidência da República, em janeiro de 2003: 




O apartamento onde moro com
Marisa, e onde já morávamos antes do governo,  e o rancho “Los
Fubangos”, um pesqueiro na represa Billings. 





Ambos adquiridos a
prestações. Também temos dois apartamentos de 70 metros quadrados que
Marisa recebeu em permuta por um lote que ela herdou da mãe.





Tudo em São Bernardo do Campo. Tudo registrado em nosso nome no cartório e na declaração anual de bens. 




Esta é a verdade dos fatos,
em sua simplicidade: entrei e saí da Presidência da República com os
mesmos imóveis que adquiri ao longo da vida, trabalhando desde criança,
como sabem os brasileiros.





Não comprei nem ganhei apartamento, mansão, sítio, fazenda, casa de praia, no Brasil ou no exterior. 




Jamais ocultei patrimônio nem registrei propriedade particular em nome de outras pessoas. 




Nunca registrei nada em nome
de empresas fictícias com sede em paraísos fiscais, artifício utilizado
por algumas das mais ricas famílias deste País para fugir ao pagamento
de impostos.





As informações sobre o
patrimônio do Lula – verdadeiras, fidedignas, documentadas – sempre
estiveram à disposição do Ministério Público e da imprensa, inclusive da
Rede Globo.





Estas informações foram
deliberadamente ocultadas do público na reportagem do Jornal Nacional
que apresentou as acusações do Ministério Público de São Paulo.





Eu não fui procurado pela
Globo para apresentar meu ponto de vista. Ninguém da minha assessoria
foi procurado. O direito ao contraditório foi sonegado. 





Alguém se apropriou indevidamente do meu direito de defesa.




Não é a primeira vez que isso acontece e certamente não será a última.




Mas eu fiquei indignado ao ver minha mulher e meu filho sendo retratados na televisão como se fossem criminosos.




Mesmo na mais acirrada
disputa política – e o jornalismo não está acima dessas disputas – nada
justifica envolver a família, a mulher, os filhos, como ocorreu nesse
caso.





Fiquei indignado porque, ao
longo de 9 minutos, o apresentador William Bonner e o repórter José
Roberto Burnier me acusaram 18 vezes de ter cometido 10 crimes
diferentes; sem nenhuma prova, endossando as leviandades de três membros
do Ministério Púbico de São Paulo. 





Reproduziram ofensas, muitas
ofensas, a partir de uma denúncia que sequer foi aceita pela juíza. E
ainda por cima, denúncia de um promotor que já foi advertido pelo
Conselho Nacional do Ministério Público, porque atuou fora da lei neste
caso.





A Rede Globo me conhece o
suficiente para fazer uma avaliação equilibrada das acusações lançadas
por aquele promotor, antes de reproduzi-las integralmente pelas vozes de
William Bonner e Roberto Burnier. 





A Rede Globo recebeu, desde
31 de janeiro, todas as informações referentes ao tríplex, com
documentos que comprovam que nem eu nem Marisa nem nosso filho Fabio
somos donos daquilo. É uma longa e detalhada nota, chamada “Os
documentos do Guarujá: desmontando a farsa”. 





Cheguei a abrir mão do meu sigilo fiscal e anexei a esta nota parte de minha declaração de bens.




Quando divulgamos este
documento esclarecedor, o Jornal Nacional fez uma série de matérias
tentando desqualificar o que estava dito lá. Duvidaram de cada detalhe,
procuraram contradições, chegaram a distorcer uma entrevista do meu
advogado.





Quanta diferença...




Na reportagem sobre a
denúncia do procurador, nada foi questionado. Tudo foi endossado e
ratificado como se fosse absoluta verdade.





A Rede Globo sempre poderá
dizer que estava apenas “retratando os fatos”, “prestando informações à
sociedade”,  “cumprindo seu dever jornalístico”.





Só não vai conseguir explicar
ao povo brasileiro a diferença gritante de tratamento: quando acusam o
Lula, é tudo verdade; quando o Lula se defende, é tudo suspeito.





Em 40 anos de vida política, aprendi a lidar com o preconceito, com a inveja e até com o ódio político. 




Mas não me conformo, como
ex-presidente desse imenso país chamado Brasil, não posso me conformar
de ser comparado a um traficante de drogas, como aconteceu no final da
reportagem.





Essa comparação ofensiva, injuriosa, caluniosa, não está nos autos da denúncia do Ministério Público. 




Não sei quem decidiu incluir isso na reportagem, mas posso avaliar seu caráter.




Se esta mensagem está sendo
lida hoje na Rede Globo é por uma decisão da Justiça, com base na Lei do
Direito de Resposta, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela
presidenta Dilma Rousseff no final do ano passado.





Esta lei garante que a
Liberdade de Imprensa seja realmente um direito de todos e não um
privilégio daqueles que detém os meios de comunicação.





É ela que nos permite
enfrentar a ocultação de informações, a sonegação do contraditório, a
falsidade informativa, a lavagem da notícia.





Estes vícios foram
sistematicamente praticados pelos grandes veículos de comunicação do
Brasil durante a ditadura e fizeram tão mal ao País quanto a censura,
que abolimos na Constituição de 1988.





A Rede Globo levou mais de 30
anos para pedir desculpas ao País por ter apoiado a ditadura,
praticando um jornalismo de um lado só. Graças à lei do Direito de
Resposta, não tenho de esperar tanto tempo para responder às ofensas
dirigidas a mim e a minha família no Jornal Nacional.





Eu não estou usando este
direito de resposta para me defender apenas, e a minha família. É para
defender a democracia, o estado de direito e a própria liberdade de
imprensa, que só é verdadeira quando admite o contraditório e respeita a
verdade dos fatos. 





Quando estes princípios são
ignorados, em reportagens como aquela do Jornal Nacional, o maior
prejudicado não é o Lula, é cada cidadão e a sociedade, é a democracia”.





LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

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