Empurrado pela vaidade e pelos mais obscuros objetivos, o juiz Sergio Fernando Moro,
da 13ª Vara Federal em Curitiba, perdeu a noção da hora e tentou
promover, na tarde da quarta 16, um levante no País. Não alcançou o
objetivo. Falhou.
da 13ª Vara Federal em Curitiba, perdeu a noção da hora e tentou
promover, na tarde da quarta 16, um levante no País. Não alcançou o
objetivo. Falhou.
Conseguiu, no entanto, colocar a
sociedade brasileira à beira de um confronto de desdobramentos
incalculáveis. O País, no entanto, tem mostrado sua cara a partir da
manifestação de seus piores instintos.
sociedade brasileira à beira de um confronto de desdobramentos
incalculáveis. O País, no entanto, tem mostrado sua cara a partir da
manifestação de seus piores instintos.
O Brasil concilia e evita conflitos.
Amadurece, por isso, lentamente. Nos últimos 50 anos, por exemplo,
aprendeu o suficiente para não politizar as Forças Armadas.
Amadurece, por isso, lentamente. Nos últimos 50 anos, por exemplo,
aprendeu o suficiente para não politizar as Forças Armadas.
Moro valeu-se da Polícia Federal.
Insensatez. Assim cantaria Tom Jobim, para amenizar o ambiente pesado da política.
O desdobramento da volumosa manifestação de 13 de março,
incensada por Moro, não deu o resultado esperado. A pavimentação do
golpe contra a presidenta Dilma e, em seguida ou simultaneamente, a
prisão do ex-presidente Lula.
incensada por Moro, não deu o resultado esperado. A pavimentação do
golpe contra a presidenta Dilma e, em seguida ou simultaneamente, a
prisão do ex-presidente Lula.
De qualquer forma o ódio implantado na sociedade vingou. Perigosamente.
O sentimento, verdadeiro e mais
expressivo, no coração e mente dos manifestantes está todo contido na
faixa erguida em um ponto da Avenida Paulista, que, como se sabe,
expressa a vanguarda das marchas realizadas em vários estados da
Federação.
expressivo, no coração e mente dos manifestantes está todo contido na
faixa erguida em um ponto da Avenida Paulista, que, como se sabe,
expressa a vanguarda das marchas realizadas em vários estados da
Federação.
Em quatro linhas daquele pano-estandarte
estava registrada a mais decisiva palavra de ordem para todos os
integrantes do movimento. Eis a transcrição literal: “Fora! Dilma, Lula,
Sarney, Collor, FHC, Renan, Serra, Maluf, inimigos dos brasileiros.
Fora! Alckmin, acobertador (sic) de fiscais. Ladrões da Sefaz/SP. Fora! Aécio”. Alguém se lembrou, talvez na última hora, e acrescentou um nome: “Cunha”.
estava registrada a mais decisiva palavra de ordem para todos os
integrantes do movimento. Eis a transcrição literal: “Fora! Dilma, Lula,
Sarney, Collor, FHC, Renan, Serra, Maluf, inimigos dos brasileiros.
Fora! Alckmin, acobertador (sic) de fiscais. Ladrões da Sefaz/SP. Fora! Aécio”. Alguém se lembrou, talvez na última hora, e acrescentou um nome: “Cunha”.
Provavelmente, além do juiz Moro, muito mais gente, além daqueles que marcharam a 13 de março, desacredita da política.
A política, no entanto, adora todas elas. É nesse mundo de cidadãos
indiferentes que os interesses mais ocultos, os mais sinistros,
normalmente buscam apoio.
A política, no entanto, adora todas elas. É nesse mundo de cidadãos
indiferentes que os interesses mais ocultos, os mais sinistros,
normalmente buscam apoio.
Os movimentos de aglomeração humana sem
lideranças tornam-se massa de manobra dos piores objetivos. Tem sido
assim ao longo da história.
lideranças tornam-se massa de manobra dos piores objetivos. Tem sido
assim ao longo da história.
Sem pretender estabelecer comparações,
aliás, bem longe disso, recupero a reflexão de um cavernoso especialista
em casos como este. Trata-se de Joseph Goebbels. Em momento de
arrasadora crise política na Alemanha ele disse:
aliás, bem longe disso, recupero a reflexão de um cavernoso especialista
em casos como este. Trata-se de Joseph Goebbels. Em momento de
arrasadora crise política na Alemanha ele disse:
“A essência da propaganda é ganhar as
pessoas para uma ideia de forma tão sincera, com tal vitalidade, que, no
final, elas sucumbam a essa ideia completamente (...) É claro que a
propaganda tem um propósito. Contudo, este deve ser tão inteligente e
virtuosamente escondido que aqueles que venham a ser influenciados por
tal propósito nem o percebam”.
pessoas para uma ideia de forma tão sincera, com tal vitalidade, que, no
final, elas sucumbam a essa ideia completamente (...) É claro que a
propaganda tem um propósito. Contudo, este deve ser tão inteligente e
virtuosamente escondido que aqueles que venham a ser influenciados por
tal propósito nem o percebam”.
Pode-se dar a isto o nome de politização facínora dos despolitizados.
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