domingo, 20 de março de 2016

Gilmar confirma que existia ordem de prisão

Gilmar destila seu ódio enquanto pode - TIJOLAÇO 



Gilmar destila seu ódio enquanto pode




Eu ia escrever sobre os atos públicos de hoje; acabo de voltar de um
deles. Mas não posso, porque tenho de enfrentar antes uma nova aberração
jurídica.


O ministro Gilmar Moro deu – como não haveria de dar? – um despacho
igual aos já derrubados por desembargadores federais que  revogaram  as
erráticas ações que visavam a impedir a posse de Lula.


Aliás não é igual, é juridicamente pior.


O objetivo da
falsidade é claro: impedir o cumprimento de ordem de prisão de juiz de
primeira instância
. Uma espécie de salvo conduto emitida pela Presidente
da República
Que ordem de prisão, Ministro Gilmar Mendes? O senhor sabia de
alguma? Havia alguma adrede preparada? Deu-se alguma que tenha sido
obstaculizada pelo ato de nomeação de Dilma? Se estava iminente, o que
impediu que fosse expedida desde o dia 4 de março, quando Lula foi
arrastado a depor e sua casa, seu escritório e o sítio onde passava
finais de semana foram invadidos, revirados e violados?


Mendes diz que trazer um caso ao julgamento do Supremo “é forma de
obstrução ao progresso das medidas judiciais”. Por que razão ministro?


Compreende-se que um deputado ou senador chegue a renunciar ao seu
mandato para fugir ao severo julgamento do Supremo. Sem foro, terá o
juiz de 1a. instância, o tribunal de 2a. instância, o STJ e, afinal, o
próprio STF. Tome de obstrução , não é?


Duvido que se arranje precedentes nisso, salvo nos casos em que o
Supremo tem de pedir licença ao Legislativo para processar, o que não é
esta situação.


Qualquer advogado com a carteira da OAB estalando de nova sabe que é melhor ter quatro instâncias do que um só.


A menos que o Dr, Mendes creia que é “arranjado” o julgamento na Suprema Corte que ele integra.


Ou que ela possa ser coagida.


Reparo agora que no início do texto grafei errado o nome do Ministro da Suprema Corte: é Mendes, Gilmar Mendes.


Não é Moro,


Embora pareça, no reconhecimento de sua decisão de que  o algoz de Lula deva ser o juiz de 1a. instância do Paraná.


Não se pode negar que o Dr. Gilmar Mendes seja um juiz generoso.


Está disposto a ceder o machado.


Desde que seja para o pescoço de Lula.


Lamento, Ministro, mas o senhor caminha para um placar de 10 a 1 ou nove a dois na decisão do plenário do STF.


Não lhe importa, não é?


O importante é manter o caos e a ingovernabilidade.


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